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Como as Pessoas Funcionam Por Blog Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Excesso de otimismo pode ser resultado de falha na atividade cerebral

Ser otimista é bom: reduz o estresse e a ansiedade, é bom para a saúde e, é claro, torna a vida mais feliz e os problemas, mais suportáveis. Nem sempre é fácil. Mesmo assim, muitos fazem a Pollyanna e continuam vendo o copo meio cheio, não importa quantas evidências existam de que a coisa não […]

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 09h48 - Publicado em 21 out 2011, 17h27
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    Ser otimista é bom: reduz o estresse e a ansiedade, é bom para a saúde e, é claro, torna a vida mais feliz e os problemas, mais suportáveis. Nem sempre é fácil. Mesmo assim, muitos fazem a Pollyanna e continuam vendo o copo meio cheio, não importa quantas evidências existam de que a coisa não está tão boa. Isso deixa os cientistas intrigados há muito tempo. Por que o otimismo é algo tão difundido, se somos o tempo todo confrontados com fatos e informações que desafiam a crença de que tudo vai dar certo no final?

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    Um novo estudo da University College London (UCL) e da Berlin School of Mind and Brain descobriu que a incapacidade de alterar previsões otimistas mesmo quando recebemos informações conflitantes se deve a erros na forma como processamos as informações em nosso cérebro – mais precisamente, uma falha na atividade dos lobos frontais.

    Para o estudo, os pesquisadores pediram a 19 voluntários que dissessem qual a probabilidade de alguns eventos negativos ocorrerem com eles no futuro, como doenças ou o roubo de um carro. Enquanto isso, tiveram sua atividade cerebral monitorada por meio de um scanner de ressonância magnética funcional (fMRI).  Depois de uma pausa, eles foram informados da probabilidade média de esses eventos ocorrerem – e tiveram que fazer suas estimativas novamente, bem como preencher um questionário que media o seu nível de otimismo.

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    As pessoas, de fato, mudaram as suas estimativas com base nas informações dadas, mas somente nos casos em que os dados foram mais positivos do que elas esperavam. Por exemplo, se haviam previsto que a sua probabilidade de ter câncer era de 40%, mas a probabilidade média foi de 30%, eles ajustaram a sua estimativa para 32%. Quando a informação era pior que o esperado, eles a ignoravam.

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    Os resultados das tomografias do cérebro sugerem o porquê disso: todos os participantes mostraram um aumento da atividade nos lobos frontais do cérebro quando a informação dada era melhor do que o esperado. Nesse caso, a região se ativou para processar as informações e recalcular uma estimativa. No entanto, quando a informação era pior do que eles haviam estimado, os mais otimistas mostraram uma atividade menor, sugerindo que estavam ignorando as evidências apresentadas.

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    Os problemas do otimismo

    Para Tali Sharot, um dos principais autores do estudo, os resultados sugerem que nós escolhemos as informações que iremos ouvir. E, quanto mais otimista formos, menor nossa propensão de sermos influenciados por informações negativas sobre o futuro. “Isso pode ter benefícios para a nossa saúde mental, mas existem desvantagens bem óbvias. Muitos especialistas acreditam que a crise financeira em 2008 foi provocada por analistas que superestimaram o desempenho de seus ativos, mesmo em face de evidências claras do contrário”, disse ao MedicalXpress. Segundo ele, a crença cega de que tudo vai terminar bem faz com que as pessoas acabem não tomando medidas de precaução, como praticar sexo seguro ou fazer uma poupança para a aposentadoria. Mesmo no otimismo, é preciso ter equilíbrio.

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