A espanhola Juana Escudero, de 53 anos, vive uma cena de filme: ela não consegue fazer nada, pois o governo acha que está morta. A moradora de Alcala de Guadaira, cidade próxima a Sevilha, no sul da Espanha, não consegue renovar a carteira de motorista ou ir ao médico desde 2010 porque seu óbito está registrado no sistema de dados do governo.
A confusão começou quando uma mulher de Málaga foi declarada morta em maio de 2010 e suas informações, incluindo o nome completo e a data de nascimento, eram idênticas às de Escudero. Isso provocou um erro no sistema de previdência social e a homônima também acabou “morrendo”. Escudero conta que descobriu o erro quando foi ao médico e ele não soube explicar o que estava acontecendo. “Ele olhou para ela e disse que, para o sistema, ela estava morta”, disse a filha de Juana, Marta, ao jornal El Diario de Sevilla.
Num primeiro momento, a espanhola acreditou que o problema poderia ser arrumado rapidamente e que tudo voltaria ao normal, mas não foi bem assim. Ela foi ao escritório da previdência social e percebeu que as coisas estavam mais complicadas do que pareciam. “Eles me explicaram que alguém provavelmente cometeu um erro de digitação ou o computador travou, mas nós olhamos no tesouro, no sistema judiciário e em todos os lugares eu aparecia como morta”, disse Juana.
Quando seu marido morreu em 2011, ela precisou de um certificado para receber os benefícios. Ao invés disso, quase foi acusada por fraude de identidade. “Além de me matar, eles não querem escutar a minha história”, lamenta.
Sua filha ligou para o cemitério onde a mulher com o mesmo nome havia sido enterrada e confirmou as datas e informações. Agora, Juana pretende entregar uma petição para a corte de Málaga com um pedido de exumação de cadáver e testes de DNA. Tudo para provar que a mulher enterrada não é ela.
Com Fox News