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Onde vivem os Hobbits: os traços de Maurice Sendak para o clássico de J. R. R. Tolkien

Por Jessica Soares
Atualizado em 3 set 2024, 10h15 - Publicado em 2 jun 2014, 17h34

O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos, novo título de Lá e de volta outra vez, terceira parte da adaptação cinematográfica da obra de Tolkien, chega aos cinemas em 12 de dezembro. Você pode até não ser um fã do trabalho de Peter Jackson, mas é inegável que adaptar a obra de Tolkien com fidelidade é tarefa que assusta até o mais corajoso dos anões. Se aventurar pela Terra-Média não é para qualquer um. E isso não é de hoje.

No final da década de 1960, quando as aventuras de Bilbo Bolseiro estavam prestes a completar 30 anos, a editora americana Houghton Mifflin resolveu lançar uma edição especial de O Hobbit (publicado originalmente em 1937). E, para dar novos traços e cores para as ilustrações do livro infantil de J. R. R. Tolkien, o artista convidado foi Maurice Sendak.

O nome não soa familiar? Há grandes chances de que você já tenha esbarrado em pelo menos uma das obras do americano: Sendak é o autor do clássico da literatura infantil Onde vivem os monstros (1963), adaptado para o cinema em 2009 por Spike Jonze.

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Onde vivem os monstros, de Maurice Sendak (1963)

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A junção dos talentos dos artistas parecia perfeita. Mas, na prática, não foi bem assim. Tony DiTerlizzi, autor de As Crônicas de Spiderwick, conta em artigo publicado no Hero Complex que Tolkien (por rigor ou desconfiança) teria pedido amostras do trabalho de Sendak para avaliar se ele estaria mesmo apto para o trabalho. #climão A contragosto, o ilustrador teria entregado duas imagens finalizadas para o livro – uma que retratava elfos dançando sob a luz da lua e outra de Bilbo em frente à sua toca, ao lado de Gandalf, o Cinzento. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu em seguida. Mas, reza a lenda que um editor teria catalogado erroneamente as imagens, identificando os esguios elfos na floresta como diminutos habitantes do Condado. Ops. Tolkien não gostou nada e, ao ver a imagem, teria respondido que Sendak não havia lido o livro com cuidado e não sabia o que era um hobbit. #climão [2]

A editora americana bem que tentou acalmar os ânimos: aproveitando a passagem do americano por Oxford, na Inglaterra, para divulgar o lançamento de Onde vivem os monstros, Sendak e Tolkien tinham um encontro marcado. Só que isso nunca aconteceu: um dia antes da reunião, Maurice sofreu seu primeiro grande ataque cardíaco, com apenas 39 anos de idade.

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Especula-se que Tolkien também não gostou da proporção entre o mago cinzento e o diminuto Bilbo no desenho feito por Sendak em 1967

O projeto foi abandonado e tudo que restou do livro que poderia ter sido foi a imagem de Gandalf e Bilbo no Condado, que você vê acima. Já a ilustração dos polêmicos elfos nunca foi encontrada.

Fontes: Too many books and never enough; Collider; Hero Complex.

Imagem: Maurice Sendak/Beinecke Rare Book and Manuscript Library da Universidade de Yale

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