Correria, multidão, um frenesi de pessoas, carros e barulho. Esse é o cotidiano das metrópoles espalhadas pelo nosso querido planeta. Porém, no meio desta loucura diária, é possível encontrar detalhes que fogem totalmente do comum. Alguns revelam parte da história local, outros são peças essenciais dessas cidades, mas invisíveis aos olhos destreinados.
7) Os canos de Berlim
No meio da Postdamer Platz, uma das praças mais importantes da cidade, descansam calmamente longos canos pintados de rosa. E não é só por lá que esses amigos compridos ficam. Os tubos espalham-se por vários quilômetros, atingindo praticamente toda Berlim. Por que eles existem? Bom, algumas teorias incluem transporte de coisas mundanas como gás e esgoto, mas as tubulações, na verdade, servem como um sistema de drenagem. Berlin foi construída sobre uma enorme área pantanosa e qualquer obra resulta em água suja vazando para todos os lados. Os canos têm justamente o papel de drenar esse problema molhado. As cores também têm uma explicação. Os especialistas da prefeitura consultaram uma psicóloga para decidir a tonalidade dos tubos. E os tons rosados foram escolhidos por serem mais agradáveis aos jovens, garantido mais um ponto turístico à cidade do ursinho fazendo moonwalk.
6) Túneis anti-Godzilla de Tóquio
Como sempre, a minha querida terrinha aparece por aqui. Nos anos 50 e 60, uma onda de tufões e monções deixou praticamente quase toda a área central de Tóquio alagada. O nível do estrago foi tão grande que carpas nadavam pelas ruas. Para evitar que esse cenário se repetisse, a megalópole investiu uma grana violenta em estruturas capazes de drenar água sem que a população sequer perceba. O resultado foi um sistema de canais e tanques gigantes construídos embaixo da cidade. Nos tempos de chuva, eles conseguem reduzir e redirecionar a água dos rios que cortam a cidade, evitando inundações desastrosas.
5) Os rios perdidos de Londres
Se eu te perguntasse o nome de um rio londrino, você provavelmente responderia “Tâmisa”, certo? Mesmo reinando hoje, o famoso curso de água já teve outras companhias no passado. De fornecimento de água potável a vias comerciais, os rios eram cruciais para a Londres medieval. Porém, com o crescimento populacional, esses rios acabaram viram verdadeiras privadas a céu aberto. O Walbrook, por exemplo, foi pavimentado no século 15 após se transformar em uma grande massa fétida sedimentada. Para disfarçar o problema, sucessivas administrações inglesas esconderam esses cursos de água por baixo de estruturas como prédios e construções, onde, ainda hoje, correm fétidos.
4) Catacumbas de Odessa
Quando o assunto é catacumba, Paris merece todo o respeito, claro. Mas outra cidade europeia também está cheia dessas cavernas. Estamos falando de Odessa, cidade ucraniana localizada às margens do Mar Negro. O local fica sobre um emaranhando de túneis e grutas que, juntas, atingem a impressionante extensão de 2.400 quilômetros. O que começou como uma formação natural acabou se expandindo após a mineração nos séculos 17 e 18 e com a pirataria, já que contrabandistas aproveitavam a localidade para se esconderem.
Quando os nazistas invadiram Odessa, em 1941, cerca de 6000 soldados soviéticos usaram as catacumbas como esconderijo. De lá, eles lançavam ofensivas surpresas para destruir fábricas, lojas e comboios e voltavam aos túneis rapidamente.
3) Beijing enterrada
Em 1969, Mao-Tsé Tung, então governante da República Popular da China, ordenou a criação de uma vasta estrutura embaixo da capital Beijing. O motivo para a obra era bem simples: abrigar a população da cidade (que, naquela época, beirava os 6 milhões de pessoas) caso uma guerra nuclear assolasse o país.
A ideia de uma Beijing subterrânea nunca se concretizou por completo, mas vários túneis, que cobrem uma área de 51 quilômetros quadrados, foram criados. Neles é possível encontrar banheiros, áreas de convivência , dormitórios e estruturas do que viriam a ser lojas populares. No ano 2000, uma parte desse emaranhado foi aberta ao público, porém, 8 anos depois, o governo cancelou as visitas no local.
2) Na Grand Central
Essa aqui é 2 em 1: sabe a Grand Central, aquela estação nova-iorquina gigante que vive aparecendo em filmes e seriados? Pois bem. Existem duas lendas urbanas sobre ela. A primeira remonta à existência de um grande salão, chamado de M42, sob a fundação do lugar. Um grande gerador, responsável por prover toda a energia da estação, estaria escondido lá. O outro segredo é sobre a suposta “linha 61”. Antigamente usada como uma linha de carga, hoje ela serviria de passagem secreta para que os convidados hospedados no luxuoso hotel Waldorf Astoria consigam se movimentar pela cidade com rapidez. Porém, até hoje, ninguém conseguiu comprovar a veracidade do suposto sistema de transporte.
1) Tá com sede?
Enquanto, por aqui, a gente tá aprendendo como é importante criar um sistema eficiente de gestão hídrica, os turcos já dominaram essa arte há muito tempo. Exemplo: por baixo das ruas de Istambul escondem-se diversas cisternas (reservatórios que armazenam a água da chuva) construídas por imperadores bizantinos, que se conectam a bombas na superfície. A maior delas, chamada de Cisterna da Basílica, data do século 6, tem 336 colunas de mármore e cobre uma área de 9 mil metros quadrados.
Com a ajuda de Cracked, BBC, ABC Austrália, The Telegraph , UrbanGhosts e DailyMail.