De onde vem o dinheiro que mantém a família real britânica?
Spoiler: não vem de reis e príncipes batendo cartão no trabalho.
Em 2021, as despesas com a família real somaram o equivalente em libras a R$ 652 milhões – um salto de 29% em relação aos valores do ano anterior por conta de reformas no Palácio de Buckingham, no Castelo de Windsor e outras residências reais. Isso num período em que a renda média familiar no Reino Unido caiu 1,3%.
A maior fonte do dinheiro da família de Elizabeth 2ª vem do chamado Sovereign Grant (“subsídio soberano”). Esse tutu consiste da renda do Crown Estate (“patrimônio da Coroa”): um grande conjunto de propriedades, incluindo edifícios em áreas nobres de Londres, fazendas, shopping centers e até parques eólicos, que na teoria pertencem aos monarcas. Mas é uma posse de faz de conta. Na prática, elas são administradas pelo governo. Se Charles 3º quiser vender um desses tesouros imóveis, por exemplo, não pode.
Essas propriedades geram uma receita líquida gorda – só no ano passado, foi de R$ 1,5 bilhão. Desse montante, pelo menos 75% vai para os cofres públicos, e de 15% a 25% para a família real.
Charles também tem seu dinheiro independente do controle do governo: tira cerca de R$ 116 milhões anuais de propriedades no Ducado de Cornualha, que inclui o tradicional estádio de críquete The Oval, fazendas no sul da Inglaterra, casas de aluguel à beira-mar e outros negócios. Embora não seja obrigado, ele paga um imposto de renda voluntário de 45% sobre o que ganha. Não deve estar passando aperto.
Pergunta de Juary dos Santos, São Vicente, SP
Fonte: thecrownestate.co.uk