Se tantas pessoas possuem prisão de ventre, não se trata de questão de saúde pública?
Joanna Senna, Vila Velha, ES
EU TÔ TRANQUILÃO/ TÔ NUMA BOA ETC.
Não, senhora. Segundo o epidemiologista David Alejandro González Chica, professor do Departamento de Nutrição da ensolarada UFSC, vários fatores são levados em conta na hora de classificar uma doença como questão de saúde pública – e a prisão de ventre, meu bem, não se encaixa neles.
O prof explica que avaliam-se a frequência com que a condição ocorre e os impactos que a doença tem no paciente e na família – tanto financeiros quanto psicológicos – e na sociedade. E aqui estamos falando de mortes, de custo de tratamento e de doenças associadas.
Por mais que cause dor e desconforto e você precise ficar vendo toda hora comercial com a Dira Paes na TV, o efeito social da prisão de ventre não é tão desastroso assim. O médico lembra que por mais que a prisão de ventre atinja muitas pessoas, o tratamento consiste, na maioria dos casos, em uma dieta balanceada, consumo de água e prática de atividade física regular.
(imagem: canhotagem)
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