Qual é a temperatura mais alta possível?
Grande Oráculo, a pergunta é a seguinte: se existe o zero absoluto, o oposto também existe? Um máximo absoluto, ou seja, uma temperatura máxima intransponível? Wesley Cruz, Juiz de Fora, MG Calorzim bom. Grande Wesley, o máximo absoluto existe, #sqn. Não há esse papo de uma temperatura máxima intransponível. E, na prática, o zero absoluto […]
Grande Oráculo, a pergunta é a seguinte: se existe o zero absoluto, o oposto também existe? Um máximo absoluto, ou seja, uma temperatura máxima intransponível?
Wesley Cruz, Juiz de Fora, MG
Grande Wesley, o máximo absoluto existe, #sqn.
Não há esse papo de uma temperatura máxima intransponível. E, na prática, o zero absoluto também não existe, segundo Luis Ghivelder, chefe do Departamento de Física Matemática e integrante do Laboratório de Baixas Temperaturas da UFRJ.
Para entender melhor: a temperatura é a medida do movimento das partículas de um objeto. Quanto mais elas se mexem, mais quente (é só pensar nas bolhas na água fervendo). O zero absoluto seria atingido com a ausência total de movimento das partes integrantes da matéria, ou seja, quando tudo-tudo-tudo-tudo-mesmo para.
O zero absoluto, então, são todas as moléculas envolvidas brincando de Stop. Só que isso, para a física quântica, não rola. Sempre tem alguma partícula em movimento. E, por conta disso, o zero-A (o íntimo) nunca é atingido. Mas já chegamos perto. A temperatura mais fria a que já se chegou foi de alguns bilionésimos de 1 kelvin, ou seja, próximo de 0 K, o zero absoluto (-273,15 ºC).
Na outra ponta dessa infinita highway termômetro, os átomos não conhecem amarras para se movimentar. “Por isso, não há limite superior. A temperatura nas estrelas mais quentes, por exemplo, é 10 elevado a 9 kelvin, ou seja, 1 bilhão de graus”, diz Ghivelder.
Aí fica puxado para o Camus de Aquário.
(crédito da imagem: blmiers2)