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Qual parte da Via Láctea nós enxergamos daqui?

Como descrever um lugar se você está dentro dele?

Por Maria Clara Rossini, Alexandre Carvalho
19 ago 2022, 08h44

A Via Láctea tem essencialmente duas partes: uma estrutura redonda e densa no meio, chamada “bojo”, e um disco achatado em volta do bojo. Esse disco é subdivido em braços. (Imagine um ventilador de teto. As pás são os braços, a lâmpada no meio é o bojo). 

O Sistema Solar mora em um desses braços, mais ou menos na metade da distância entre o centro e a extremidade. Quando você olha para o céu, quase todas as estrelas ao seu redor são nossas vizinhas aqui. Estão dentro do Braço de Órion, conosco. 

Ou seja: você está na Via Láctea. Somos todos moradores dela. Enxergar a Terra ou o Sol ou Saturno já é enxergar um pedaço da galáxia. 

Imagem da Via Lácta com uma seta apontando para onde estamos.
(Nasa/JPL-Caltech/R. Hurt (SSC-Caltech)/Reprodução)

A questão é outra: você já deve ter visto moradores de bairros distantes (especialmente os mais velhos) dizerem “vou à cidade” no sentido de que vão ao centro da cidade – mesmo que eles já estejam na cidade.

De maneira parecida, acabamos usando o termo “Via Láctea” para se referir ao centro da Via Láctea – o bojo brilhante. Como se o braço periférico onde o Sistema Solar se localiza não fosse parte da galáxia. 

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Se você olhar na direção do centro da Via Láctea, sem poluição nem iluminação artificial por perto, é possível ver o bojo mais brilhante no meio de uma faixa esbranquiçada de estrelas (o fato de parecer uma faixa explica o nome de “via”, e a cor, a referência ao leite).

Essa faixa esbranquiçada, claro, são os braços da galáxia vistos de lado, porque estamos dentro de um deles. É como ver um CD de cima (você vê um círculo) versus ver um CD de lado (você vê só um risco, porque o CD é achatado).  

Quanto mais próximo da Linha do Equador você estiver, mais dá para visualizar. Para quem vive no Hemisfério Sul, o centro da Via Láctea está bem acima das nossas cabeças. Já para quem mora no Hemisfério Norte, o centro da galáxia aparece baixo no céu.

Por fim, uma curiosidade: nós giramos em torno do Sol – e o Sol, por sua vez, gira em torno do núcleo da galáxia, juntos das nossas estrelas vizinhas que habitam o Braço de Órion.

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Nós levamos 230 milhões de anos para completar uma volta completa. Da última vez em que a Terra esteve do outro lado da Via Láctea, há 115 milhões de anos, não havia nem Homo sapiens por aqui (só demos as caras há cerca de 300 mil anos).

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Fonte: Ramachrisna Teixeira, professor do Instituto de Astronomia da USP

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