Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Imagem Blog

Oráculo

Por aquele cara de Delfos Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.
Continua após publicidade

Quem foi a primeira mulher europeia a desembarcar no Brasil?

Primeiro, chegou uma nobre com seu marido. Depois, um trio de irmãs orfãs – as primeiras de uma leva de mulheres que a Coroa Portuguesa mandou para casarem com os colonizadores.

Por Carolina Fioratti
18 dez 2020, 11h50

Antes de começar essa resposta, vale a lembrança óbvio de que, quando os primeiros europeus chegaram no Brasil, em 1500, já existiam povos indígenas em nosso território e, claro, muitas mulheres. 

Mas a primeira mulher europeia (da qual se tem registro) a desembarcar no Brasil provavelmente foi Brites de Albuquerque, uma nobre portuguesa que veio para acompanhar seu marido, o primeiro capitão-donatário da Capitania de Pernambuco, Duarte Coelho. 

Brites de Albuquerque desembarcou em território pernambucano no dia 9 de março de 1535. Durante 18 anos, sua presença por aqui não teve grande significado, mas a portuguesa conquistou seu espaço por volta de 1553, quando Duarte Coelho retornou ao seu país de origem com seus filhos. Brites ficou, assumindo interinamente o governo da capitania, monitorada apenas por seu irmão, Jerônimo de Albuquerque.

Duarte Coelho faleceu no ano seguinte e Brites de Albuquerque assumiu de vez o cargo. Isso deu à moça o título de primeira governante mulher das Américas. Foi nessa época também que a maior parte das mulheres europeias começaram a chegar ao Brasil.

Continua após a publicidade

Mulheres europeias não eram bem vindas nos navios de expedição, então os colonos solteiros não tinham outras opções se não se relacionarem com as indígenas que viviam aqui. O padre jesuíta Manuel de Nóbrega, que chegou no Brasil em 1549 como mestre da primeira missão jesuíta às Américas, não gostou do cenário e decidiu mudar isso. A relação entre europeus e indígenas incomodava, já que interferia nos moldes católicos de formação familiar e dificultava a disseminação dos valores religiosos na região.

Então, Nóbrega escreveu cartas aos governantes portugueses solicitando o envio de mulheres para se casarem com os colonos e, em 1551, o pedido foi atendido. Na data, um navio português chegou no litoral brasileiro com algumas mulheres órfãs entre os tripulantes. 

Continua após a publicidade

Lá estavam três irmãs: Mécia Lobo de Mendonça, Joana Barbosa Lobo e Marta de Sousa Lobo, filhas do general lusitano Baltasar Lobo de Souza, que faleceu durante as batalhas de conquista das Índias. Não há muitas informações disponíveis sobre elas, apenas seus casamentos. Mécia se casou e teve duas filhas com Jerônimo Moniz Barreto; Joana, junto de Rodrigo de Argolo, fundou uma família de colonizadores de longa tradição na Bahia; Marta, por sua vez, se transferiu para Ilhéus com o esposo, João Gonçalves Dormundo, com quem teve três filhos. Os descendentes mudaram a grafia do nome do pai para Drummond. 

Depois disso, outras mulheres também foram enviadas ao Brasil. Eram garotas pobres, que tinham perdido o pai ou a mãe e viviam em casas de recolhimento de Portugal, onde eram preparadas para se casar. Por não terem família ou marido para sustentá-las, eram vistas como um problema para a sociedade. Prostitutas, ciganas, entre outros grupos de mulheres tidas como indesejadas por Portugal também eram enviadas para cá.

Pergunta de @onde_tathy, via Instagram

Continua após a publicidade

Fonte: Veronica Fernandes, historiadora pela USP.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.