Se a Netflix não tem ingresso, como calcula se uma série compensou o orçamento?
O orçamento precisa ser proporcional ao número de espectadores: uma série barata pode até continuar com pouca audiência, mas uma muito cara será cancelada.
Quando uma plataforma de streaming planeja uma série, há um cálculo de audiência potencial.
Não é toda produção que terá o alcance de um Stranger Things – e tudo bem, desde que ela não custe o mesmo que um Stranger Things. O orçamento é proporcional ao número de espectadores que se espera atrair. Quando sai a primeira temporada, a Netflix compara a audiência real com essa projeção.
Se não bater a meta, adeus: está cancelada. Algumas séries que não estouram continuam porque batem as próprias metas, mais humildes. Por exemplo: a comédia Grace e Frankie, da Netflix, está longe de ser um dos maiores hits da plataforma, mas segue firme rumo à sétima e derradeira temporada.
Nos últimos anos, a Netflix, que tinha fama de resgatar séries canceladas de outros canais, passou para o outro lado da Força. Na internet, fãs de programas como Sense8, The OA e Anne With an E criticaram os cancelamentos. Em novembro de 2020, Ted Sarandos, um dos presidentes executivos da empresa, e Bela Bajara, chefe global de TV, se defenderam. “Se vocês observarem as produções com duas temporadas ou mais, verão que a taxa de renovação é de 67%, o que é o padrão da indústria.”
O fato é que audiência cria boca a boca. Isso traz novos assinantes e mantém os antigos. Em 2019, a Netflix investiu US$ 15,3 bilhões em conteúdo, e faturou US$ 20,1 bilhões.
Pergunta de @cynthianunes_, via Instagram
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