Na África, protótipo de escola não deixa educação parar
A Nigéria tem uma vila chamada Makoko – perto de Lagos, a segunda maior cidade do país – onde moram cerca de 100 mil pessoas. Em determinados períodos do ano, o vilarejo é tomado pela água, o que torna tudo muito difícil – inclusive o acesso à única escola de ensino primário da região, que fica a maior parte do tempo submersa.
O escritório de arquitetura NLÉ, fundado pelo nigeriano Kunlé Adeyemi, criou um projeto – e seu protótipo – para driblar a situação: uma escola flutuante. Feita a partir de 256 barris reutilizados e bamboo da região, a escola pode acomodar até 100 estudantes independente do nível da água.
Segundo Kunlé, trata-se de “uma estrutura que se adapta à mudança da maré e a diferentes níveis de água, e não é vulnerável a enchentes e grandes tempestades. Seu design também contempla o uso de energia renovável, a reciclagem de lixo orgânico e a coleta de água da chuva”.
Inicialmente, a ideia do arquiteto é construir uma escola – já que educação aqui é prioridade! -, mas seu projeto pode prestar outros serviços à população, de acordo com a necessidade, como posto de saúde, espaço para convivência social, mercado e etc.
O projeto da NLÉ pode ser aplicado em regiões costeiras da África e outros lugares do mundo que sofrem com falta de infraestrutura. Logo, logo, por conta das mudanças climáticas e do aumento do nível do mar, muita gente do ‘primeiro mundo’ poderá precisar também. É o que revela a segunda parte do 5º Relatório de Clima do IPCC, lançado esta semana.
Se o projeto se espalhar e ganhar força, é assim que a comunidade africana ficará. Muito melhor que a outro foto (mais abaixo), não?
Fotos: Divulgação
Fonte: Dezeen