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Coluna semanal de perguntas práticas, sentimentais e existenciais enviadas por leitores da SUPER. Por Karin Hueck
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“Minha amiga está num relacionamento abusivo. Como falo isso para ela?”

Tem jeito certo de palpitar no relacionamento alheio? Dica: tem, sim.

Por Karin Hueck Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 jan 2018, 18h33 - Publicado em 16 jan 2018, 18h22

“Minha amiga está num relacionamento abusivo. Como falo isso para ela?”

Tenho uma amiga (mas muito amiga, mesmo!) há uns cinco anos. Sempre fomos muito próximos; porém, nos últimos dois anos nos afastamos um pouco. Creio eu que isso se deu ao fato de ela ter um namoro um tanto conturbado. Ela é traída constantemente pelo namorado e só me procura quando está na bad com o relacionamento, sabe? E depois que ela fica ‘de boa’, some de novo. Como eu gosto muito dela, queria saber como resolver esta situação. Sempre tive vontade de dizer umas verdades, pra ela parar de ser trouxa e terminar esse relacionamento tóxico mas nunca tive coragem por medo de abalar nossa amizade. O que eu faço? Mando um papo sincero, ignoro da próxima vez que ela me procurar ou só dou uns toques de leve para ver se ela enfim acorda?
– Dever de amigo
– Cara dever de amigo
Concordo com você de que ela está num relacionamento tóxico. Ela provavelmente já sabe disso – e, em parte, deve desaparecer quando está namorando por vergonha de você. Acho que está na hora de ter uma conversa sincera – nesse nível de amizade a gente não pode se abster. Numa próxima vez em que vocês se encontrarem e ela falar do namorado, diga o que você pensa. Seja gentil, não exagere nos xingamentos e o principal: mostre que você está preocupado com ela. O importante é não parecer que você a está julgando (mesmo que esteja) e que ela possa se sentir acolhida. Mostre que ele provavelmente não vai mudar. Ela vai ficar na defensiva e, possivelmente, vai ficar muito brava com você. Não leve para o pessoal. Diga que você estará do lado dela não importa o que ela faça. (E fique alerta para sinais mais graves de abuso: se ela desaparecer de vez, se ficar deprimida, se for proibida de sair, se aparecer com marcas no corpo – nesses casos, a interferência precisa ser maior.) O resto é com ela.

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