Gatos que brilham no escuro podem ajudar na cura da Aids
É possível que você tenha pensado que o título do post não faz sentido, já que você nunca viu gatos brilharem no escuro, mas saiba que alguns poucos brilham – os de DNA modificado.
Explicando: um time de cientistas que pesquisam a cura da Aids anda fazendo teste com gatinhos. Os bichanos tiveram o DNA modificado com dois genes: um que luta contra um vírus parecido com o HIV e outro que vem de uma água-viva fluorescente. É este segundo gene que faz o gato liberar um brilho verde quando iluminado por luz ultravioleta.
Mas o que todo esse brilho tem a ver com a Aids? O propósito do estudo é mostrar como uma proteína natural que previne a Aids em macacos pode fazer a mesma coisa nos gatos. Detalhe: o primeiro gene é que interessa na pesquisa, o segundo só está lá para ajudar a localizar o outro. Se o brilho verde aparece, significa que e a proteína está sendo fabricada em seus organismos e que a técnica funcionou.
Os cientistas da Mayo Clinic fertilizaram 22 óvulos com os tais genes e 5 deles nasceram. Três sobreviveram, sendo que dois são saudáveis e um ficou com problemas médicos – ainda que eles acreditem que não tem nada a ver com a manipulação genética. Os três gatinhos mostraram mais resistência ao vírus FVI (o HIV felino) que os gatinhos normais. E os dois gatos saudáveis tiveram filhotes que herdaram os novos genes.
A intenção é prosseguir com a pesquisa até, quem sabe, achar uma forma de proteína que funcione nos humanos também. Além disso, no futuro poderá ser possível comprar bichinhos de estimação resistentes a várias doenças, diminuindo os gastos com veterinário.