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6 invenções incríveis que foram esquecidas

Por Redação Super
Atualizado em 21 dez 2016, 10h13 - Publicado em 18 set 2014, 19h34

Por Luiza Lages

 

A obsolência programada já faz parte do nosso vocabulário quando pensamos nas novas tecnologias. A produção tecnológica é tão intensa que as inovações acabam suprimindo as tecnologias anteriores (algumas bem recentes), que logo são deixadas para escanteio. Mas ao longo da história esse esquecimento é ainda mais expressivo. Muitas invenções e processos simplesmente desapareceram – e alguns não são nem mais compreendidos. Confira 6 invenções incríveis que esquecemos e hoje lembramos como lendas:

 

1. Máquina de Antikythera

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Muitos se referem à máquina de Antikythera como o primeiro computador da história. Ela foi descoberta em 1900 entre os destroços de um navio naufragado, recuperado nas proximidades da ilha grega de Antikythera, que deu nome ao objeto que data do século 2 a.C. Considerado um dos mais incríveis dispositivos mecânicos da Antiguidade, a tecnologia despertou o interesse e a curiosidade de inúmeros pesquisadores, que trabalharam para entender seu funcionamento e uso – um mistério por muito tempo.

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Hoje, os cientistas alegam que o mecanismo metálico, composto por uma complexa combinação de engrenagens, era usado para marcar e mostrar as posições do Sol, da Lua e dos planetas. A tecnologia previa o movimento dos astros, eclipses e funcionava também como um calendário que marcava determinadas datas e eventos. O mecanismo original está exposto na coleção de bronze do Museu Arqueológico Nacional de Atenas.

 

2. Fogo grego

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Um fogo que pode queimar na água. Pode parecer obra da ficção, mas o fogo grego foi uma arma incendiária usada pelos bizantinos durante o século 11. Exércitos do Império Romano do Oriente venceram inúmeras batalhas no mar com a vantagem da tecnologia que, além da substância química, exigia navios especializados e bocais pressurizados, os siphōn, que atiravam o líquido sobre os inimigos.

Não se sabe ao certo a origem da tecnologia bélica. Entre teorias e especulações, alguns historiadores atribuem a invenção a um arquiteto da então província da Fenícia, em 672, e outros acreditam que a arma não tenha sido criada por um único indivíduo, e sim pelos químicos de Constantinopla.

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Na época, a relevância do fogo grego entre os bizantinos era tanta que a sua formulação foi atribuída à intervenção divina – mais um motivo, além das estratégias militares, para o Império Bizantino ter mantido sua composição e sistema produtivo sob o mais absoluto sigilo. Inclusive, nem a captura de navios inteiros com a substância foi suficiente para os árabes ou os búlgaros reproduzirem a arma. Até hoje o mistério se mantém, e a composição do mítico fogo que queima na água permanece desconhecida.

 

3. Vidro flexível

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Entorta, mas não quebra. Esse era o princípio da vasilha de vidro que um artesão romano levou às mãos do então imperador Tiberius Caesar (42 a.C. – 37 d.C.), que derrubou o objeto no chão. O vidro não quebrou, mas o ponto onde foi atingido ficou amassado e o artesão usou um martelo para corrigir o estrago. Pelo menos essa é a história responsável por tornar o vidro flexível uma invenção conhecida e objeto de interesse para curiosos.

O problema é que a história continua: o artesão, que clamava ser o único conhecedor da técnica de produção da tecnologia, foi decapitado a mando do imperador, que temia que o novo material pudesse prejudicar o valor de metais como o ouro e a prata. E, junto com o artesão, mais uma grande invenção teria se perdido.

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Lenda ou não, recentemente pesquisadores e empresas têm se empenhado para produzir tecnologia similar. É o caso da companhia norte-americana Corning, que anunciou em 2013 o Willow Glass, um tipo de vidro ultrafino e flexível que pode ser ”embrulhado” ao redor de um objeto.

 

4. O primeiro sismoscópio

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A detecção de terremotos ainda é um problema para pesquisadores e povos que dependem dessas previsões. O desenvolvimento de mecanismos e sistemas capazes de executar tal tarefa corresponde a um trabalho contínuo e gradual. Hoje, contamos com sismógrafos, tecnologias que conseguem detectar e mensurar movimentos sísmicos.

Mas o primeiro sismógrafo foi inventado em 132 na China pelo astrônomo, matemático e engenheiro Zhang Heng. O aparelho era um grande vaso de bronze, de quase 2 metros de diâmetro. Do lado de fora, oito dragões distribuídos de forma equidistante pela parede, com as cabeças para baixo, marcavam os pontos cardeais principais. Quando ocorria um tremor de terra, a boca do dragão se abria e uma bola caía dentro da boca de pequenas estátuas de sapos, indicando o momento e a direção em que ocorreria um terremoto.

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Embora existam documentos explicando o funcionamento da tecnologia, o aparelho original nunca foi encontrado. Em 2005, cientistas chineses conseguiram produzir uma réplica da invenção e a testaram com terremotos reais. O sismoscópio não só detectou todos os terremotos que ocorreram durante a experiência, como os dados produzidos pelo mecanismo foram compatíveis com os gerados pelos sismógrafos modernos.

 

5. O navio “bola rolante”

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No começo do século 20 não era atípico ler uma notícia sobre o mais novo projeto de navio movido por rodas que chegavam até o chão abaixo da água. Um desses projetos, desenvolvido por um inventor da Califórnia, nos Estados Unidos, recebeu uma patente em setembro de 1933. Apelidado de “the rolling ball” (a bola rolante), o desenho do navio consistia em uma esfera de metal gigante e oca, ligada ao carro-navio por uma estrutura no formato da letra “y” invertida, onde as pessoas seriam acomodadas para o transporte.

Dentro da bola funcionavam os motores movidos a diesel, responsáveis pelo rolamento da estrutura. Enquanto protótipos similares de outros inventores já haviam sido testados em rios e lagos, o novo projeto pretendia alçar novas águas, mais especificamente as do Oceano Atlântico.

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6. Lentes preguiçosas

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Mais próxima do nosso cotidiano, essa invenção se popularizou apenas entre os leitores mais preguiçosos. Em 1936, depois de seis meses de pesquisas conjuntas com especialistas em óptica, o publicitário estadunidense Clarence Warner lançou os Bed Specs (óculos de cama), apelidados de “lentes preguiçosas”.

Os óculos prometiam ao usuário uma leitura confortável: um prisma triangular produzia um ângulo de 70 graus para a visão, o que permitia que a pessoa lesse livros posicionados sobre o corpo, enquanto deitada. Os óculos chegaram a serem vendidos nos Estados Unidos por 19 dólares.

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