Velocidades que impressionar os coleguinhas Homo sapiens parecem brincadeira de criança no mundo selvagem. Até o campeão olímpico e mundial Usain Bolt, o maior velocista de todos os tempos, que atinge em suas provas velocidades médias superiores a 40 km/h, comeria poeira. Conheça 9 animais super velozes:
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1. Falcão-peregrino
Caso tope disputar um racha com essa ave de rapina, desista da ideia de vencer.
Velocista dos céus, o falcão-peregrino não é apenas a ave mais rápida do mundo, é também um dos seres mais rápidos do reino animal. Quando está de bobeira lá no alto, a ave já é veloz – mantém uma velocidade média de 80 km/h.
Mas é quando avista um lanchinho que o falcão mostra toda sua potência: ela ultrapassa 320 km/h ao mergulhar para atacar uma presa. O choque com o bichinho desavisado provoca morte instantânea. Além da velocidade mortal, a ave de rapina encontrada em quatro continentes tem também olhos poderosos – sua visão é sete vezes superior à humana.
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2. Colibri (Calypte anna)
Pra qualquer um na rua, Beija-flor (via)
Se tamanho for documento, o título de mais veloz dos ares pode pertencer, na verdade, ao beija-flor da espécie Calypte anna. Um estudo conduzido pelo pesquisador Christopher Clark, da Universidade da Califórnia, Berkeley, mostrou que o pássaro de apenas 10 centímetros de comprimento é dono de um recorde nas alturas.
O colibri chega aos 98 km/h ao voar, bem menos que o do falcão-peregrino. Mas, quando se leva em consideração o tamanho de seu corpo, o beija-flor é campeão absoluto.
Asas maiores trazem uma propulsão maior. O peregrino tem 45 cm de comprimento. O beija-flor, só 10 cm. Mas, a cada segundo, o bicho pequetito consegue se mover o equivalente a 385 vezes o seu tamanho. Já o falcão (também muito rápido), fica para trás – percorre 200 vezes o seu tamanho em 1 segundo.
Proporcionalmente, portanto, o beija-flor tem a maior velocidade já registrada entre vertebrados. Ele é um quebrador de recordes natural: mergulhar em pleno vôo faz parte do ritual de acasalamento do beija-flor macho. É uma manobra radical que o submete a quase dez vezes o valor de aceleração da gravidade (G). Mais de 5 vezes mais do que sente um piloto de Fórmula 1 no meio de uma corrida.
3. Guepardo
Em terra firme, ninguém supera o guepardo. O grande felino é capaz de atingir velocidades superiores a 110 km/h e acelerar de zero a 72 km/h em apenas dois segundos. Você com certeza não iria querer ter um bichinho desses no seu encalço. A única chance de sobrevivência é vencê-lo pelo cansaço: o guepardo não é capaz de manter sua velocidade impressionante durante uma corrida prolongada, conseguindo correr a todo vapor apenas por distâncias de aproximadamente 500 metros.
4. Antilocapra
No quesito resistência, a antilocapra ganharia uma vantagem sobre o perigoso guepardo. O animal herbívoro, nativo da América do Norte, atinge a respeitável marca de 89 km/h, fazendo coiotes e gatos selvagens comerem poeira.
Ótimos corredores, eles são capazes de botar o pé na estrada e viajar por diversos quilômetros mantendo uma velocidade estável. Ameaçada pela caça intensa, na década de 1920 a espécie esteve perto da extinção, contando então apenas 13 mil espécimes.
Com controle da prática predatória, a população da antilocapra foi estabilizada e hoje passa de 1 milhão.
5. Agulhão-vela
O escritor estadunidense Ernest Hemingway capturou o peixão na década de 1940
Este peixão de águas mornas impressiona pelas suas dimensões avantajadas – o agulhão-vela pode chegar a medir mais de 3 metros de comprimento e pesar mais de 100 kg, o que o torna um cobiçado troféu entre pescadores.
Mas não é só com o tamanho que ele sai na frente no mundo marítimo. Podendo atingir mais de 109 km/h, o peixe detém o posto de animal mais rápido dos setes mares. Por isso, você já sabe: se der a sorte de fisgar esse bichão, vai ter que se preparar para a briga – levá-lo para um barco não vai ser tarefa fácil.
6. Morcegos de cauda livre (Tadarida brasiliensis)
Talvez você não desse muita bola para esse bichinho franzino se o visse por aí. Mas o morcego de cauda livre, um acumulador de recordes, fascina pesquisadores. Os morcegos da espécie Tadarida brasiliensis são os mais velozes do mundo, podendo atingir velocidades de até 96 km/h, o que os colocam também entre os mais rápidos bichos do reino animal. Podendo voar em altitudes superiores a 3 mil metros de altura (mais alto que qualquer outro morcego), esses mamíferos insetívoros formam colônias maiores do que qualquer outro animal de sangue quente no planeta: segundo o Conservatório Internacional de Morcegos, a Braken Cave, caverna localizada no estado do Texas (EUA), é lar de impressionantes 20 milhões de morcegos de cauda livre.
7. Avestruz
Se o falcão domina os ares, o avestruz é a ave que domina a terra. Com tamanho imponente, os avestruzes podem chegar até 2,4 metros de altura e pesar 135 kg. Embora não voe, o animal de pescoço longo originário da África tem pernas fortes e ágeis, que permitem que ele atinja uma média de 64 km/h.
Correr atrás dele (ou correr dele) não é fácil – um passo do avestruz pode cobrir até 5 metros. E, se avistá-lo ao longe, é bom se afastar: suas pernas são também excelentes armas e capazes de matar predadores como leões e (opa!) humanos.
8. Golfinho
“Até logo e obrigada pelos peixes”
Além de ganharem o troféu de simpatia, os sempre sorridentes golfinhos também estão entre os primeiros colocados nas corridas marinhas – são os mais rápidos mamíferos do fundo do mar. Os inteligentes bichinhos, que podem chegar a medir 2,5 metros e pesar até 230 kg, podem atingir a marca de 30 km/h, precisando subir à superfície a cada dois ou três minutos para respirar.
9. Tartaruga-de-couro
Na terra elas podem até não ser muito ágeis, mas nos mares ganhariam fácil de você na braçada, colega. As tartarugas-de-couro seriam oponentes particularmente desafiadores: além de serem as maiores tartarugas do mundo (chegando a medir 2 metros de comprimento e pesar 900 kg), elas são também os mais velozes répteis do mundo. Na água, essa gigante chega a marcar 35,28 km/h. A espécie, ameaçada de extinção, tem traços evolutivos que remetem a mais de 100 milhões de anos.
Fontes: National Geographic; BMJ; Telegraph
Imagens: Wikimedia Commons