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Remédio de mentira funciona

Região cerebral responsável pelo efeito placebo acaba de ser identificada Um das coisas mais esquisitas sobre o corpo humano é o efeito placebo. É a capacidade de se curar tomando remédio de mentira – pílulas de açúcar ou farinha, “terapias” com amadores, cirurgias que só cortam a pele superficialmente. O efeito é tão potente que […]

Por Fabio Marton
Atualizado em 4 set 2024, 11h15 - Publicado em 2 nov 2016, 14h56

Região cerebral responsável pelo efeito placebo acaba de ser identificada

remedio-de-mentira-funciona
Eugene_Axe | iStock


Um das coisas mais esquisitas sobre o corpo humano é o efeito placebo. É a capacidade de se curar tomando remédio de mentira – pílulas de açúcar ou farinha, “terapias” com amadores, cirurgias que só cortam a pele superficialmente. O efeito é tão potente que até mesmo as pessoas que sabem que o remédio é de mentira se sentem melhor que as que não tomaram coisa nenhuma.

Como e porque o placebo funciona não é muito claro. Mas pelo menos acaba de ficar um pouquinho mais. Cientistas do Instituto Northwestern de Medicina e Reabilitação de Chicago acabam de identificar a parte do cérebro responsável pela supressão da dor no efeito placebo. Usando testes de ressonância magnética em pacientes com osteoartrite no joelho, encontraram uma área, na região cerebral chamada giro frontal, que era ativada após eles tomarem pílulas de açúcar. Como o placebo varia de pessoa para pessoa, o nível de atividade estava ligado ao quão potente era para cada um.  Isto é, o quanto a mentira diminuía a dor.

Os responsáveis pelo estudo vêm alguns potenciais para seu achado. Um deles é identificar quem é naturalmente propenso ao efeito placebo e excluir essas pessoas de testes clínicos, onde parte dos pacientes recebe remédio de verdade, a outra, placebo. Outra é a técnica em si, que pode ajudar a identificar a ação analgésica em qualquer tipo de dor.

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E a última é um nó cabeça: criar um medicamento que possa ativar essa área do cérebro. Isto é, um remédio de verdade feito para simular os efeitos de um remédio de mentira. Os testes acontecerão com um grupo tomando a novidade e outro tomando remédios de mentira. Se o remédio não funcionar, e só tiver o mesmo efeito que o placebo, quer dizer que funcionou?…

Caramba, fico até zonzo. Dá licença, que eu vou tomar uma pílula de açúcar.

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