Escrito em 1984 pelo autor Stephen King sob o pseudônimo Richard Bachman, A Maldição do Cigano (Ed. Objetiva, 169 pgs., 22,90) é uma história de suspense combinada com terror psicológico que consegue prender o leitor com facilidade.
Essa edição da editora Objetiva, lançada em 2012, é de bolso. O livro teve seu número de páginas e tamanho de fonte diminuídos. A letra é tão pequena que acaba deixando a leitura um pouco cansativa, pois passa a impressão de que o leitor nunca vai sair da mesma página.
Na história, Billy Halleck é um advogado bem sucedido que vive tranquilamente com a esposa Heidi e com a filha adolescente Linda. A família vive sem grandes preocupações e a única coisa que incomoda Billy é seu peso: 113 kg. O peso nunca trouxe nenhum problema grave a Billy – pelo contrário, ele sempre brincou com o excesso. Em uma das brincadeiras do casal, Billy, distraído, atropela uma velha cigana que atravessava a rua.
No tribunal, Billy é um advogado conhecido de todos e acaba sendo inocentado. Logo após o julgamento, ele se depara com um velho cigano, Taduz Lemke, que não aceita a decisão dos juízes e decide fazer justiça com um dos seus truques. O velho toca o rosto de Billy e diz apenas uma palavra: “Emagrecido”.
Em poucos dias, Billy Halleck começa a emagrecer assustadoramente, surpreendendo médicos e todos que estão ao redor dele. Todos se afastam do advogado, que fica abandonado. Billy sabe que é a maldição que lhe está fazendo perder peso, mas todos pensam que ele está ficando louco.
Billy sabe que sua única saída é encontrar o velho cigano Lemke e pedir para que ele retire a maldição – caso contrário, secará até a morte. Mas como encontrar os ciganos? A única ajuda que o advogado tem é de um gangster perigoso chamado Richard Ginelle.
A Maldição do Cigano não é o tipo de terror sanguinolento com vários monstros e fantasmas. É um livro onde o terror são as pessoas, e sobre o quão ruins e preconceituosas elas podem ser.
O mestre do terror, mais uma vez, consegue prender o leitor facilmente com o enredo e os personagens intrigantes. A história é tão boa que é quase impossível largar o livro. Quando se lê a última frase, parece que tudo aquilo vai acontecer com você.
O final é um tanto pesado e surpreendente, podendo fazer com que o leitor tenha pesadelos à noite – o que é normal quando se trata de Stephen King.