Bola na área: uma das novas modalidades de PES consiste em fazer o melhor gol de mão
Depois de muitos anos (e muitas críticas) à procura da receita do sucesso, finalmente a Konami acertou em cheio e, para a alegria dos fãs, lançou o Pro Evolution Soccer 2013, o primeiro da franquia a conseguir se equiparar, segundo a crítica, ao eterno rival Fifa.
O caminho até aqui, no entanto, foi tortuoso. Há algumas edições, a Konami vem trabalhando no aprimoramento do jogo, tentando adicionar uma maior dose de realismo e, ao mesmo tempo, manter o estilo meio arcade característico do PES, com partidas marcadas pela velocidade.
O resultado foi um jogo com partidas mais técnicas, não possibilitando arrancadas velozes recheadas de dribles até o gol do adversário, mesmo com os melhores jogadores. Ao mesmo tempo, os produtores aperfeiçoaram a inteligência artificial: os goleiros, tão “frangueiros” nas edições anteriores, agora não necessitam de comando para fechar o ângulo quando um jogador se aproxima e são capazes de realizar defesas épicas contra chutes de longe. A defesa passou a fechar melhor os espaços e o ataque agora acompanha (em formação) o avanço do jogador com a bola, disponibilizando pelo menos uma opção de passe.
A maior novidade de todas, porém, foi o desenvolvimento do Player ID, ferramenta que torna os atletas não só parecidos fisicamente com suas versões reais, mas também adota os gestos, dribles e características particulares. Com isso, ao observar a postura e os movimentos de boleiros como Cristiano Ronaldo e Messi, você terá a impressão de que observa os jogadores reais atuando (até porque os gráficos estão animais!).
Messi dribla os três e ainda faz críticas: “essa chuteira verde tá osso, hein?”
Como o Brasil é conhecido por ser um dos maiores mercados para o PES, a Konami não perdeu tempo em tentar agradar os consumidores daqui. Pela primeira vez, os 20 clubes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro estão completamente licenciados (no Fifa 13, apenas dez foram licenciados), podendo ser usados tanto no modo “Competições” quanto na Master Liga.
A carência de estádios brasileiros também foi suprida com a disponibilidade do Estádio do Morumbi e do Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), reproduzidos de forma magistral, além do não-licenciado Maracanã, com o nome de Estádio do Escorpião, apresentando apenas uma vaga lembrança de seu homônimo real (segundo os produtores, mais estádios poderão vir a ser licenciados, sendo disponibilizados nos pacotes de dados para download).
A hilária narração de Sílvio Luiz, acompanhada dos comentários mais sérios de Mauro Beting, foi mantida. Como nem tudo são flores, por estar em times “fracos”, uma parte dos jogadores brasileiros está bem diferente da versão real. Outra novidade (não tão boa assim) é a escolha da música Ai, se eu te pego para tema da versão brasileira (o que é facilmente alterável na playlist).
Some a tudo isso a manutenção da Uefa Champions League, da Uefa Europa League e Copa Libertadores da América (agora mais completa), a melhoria na administração do time na Master Liga (com o advento de itens para aprimorar habilidades específicas) e a maior atenção dispensada à interação online e você verá que o PES 2013 é um dos grandes lançamentos da temporada.
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