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A geografia do lazer

É possível jogar com qualquer coisa. Até com mapas. Você só precisa enxergá-los com outros olhos.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 30 abr 1998, 22h00
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  • Luiz Dal Monte Neto

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    Você pode encontrá-los nos livros, em agendas ou mesmo pregados na parede. E só os olha pensando em localizar uma cidade, um país, um rio. Poucos sabem que os mapas se prestam muito bem ao papel de tabuleiro em vários jogos além do velho War. E o que é melhor: podem ser usados para passatempos rápidos, muito apropriados para aqueles momentos em que se espera a chegada do professor ou do chefe.

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    Impossível deixar de mencionar, de cara, o jogo das quatro cores, baseado num teorema cuja demonstração desafiou os matemáticos por um bom tempo. Em 1976, finalmente, os professores Kenneth Appel e Wolfgang Haken, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, demonstraram que bastam quatro cores diferentes para colorir qualquer mapa dividido em territórios, sem que territórios adjacentes tenham uma mesma cor. Por “adjacentes” deve-se entender aqueles que têm uma linha comum, não apenas um ponto.

    É um desafio tentador e você certamente vai querer experimentar. Providencie quatro lápis de cores diferentes e um mapa com divisões políticas (municípios, Estados ou países). Se não quiser pintar o desenho, substitua os lápis por pequenos pedaços de papel ou tachinhas coloridas. Estas, aliás, são as mais indicadas para se jogar sobre um mapa mural: uma tachinha espetada num território simbolizará que ele está pintado inteiramente com a cor dela.

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    Abstraia as cores eventualmente presentes no mapa, imaginando-o branco. Os dois jogadores se alternam colorindo um território por vez, dentre os que ainda estiverem em branco, com uma das quatro cores à sua escolha. A única condição é não repetir cores em territórios adjacentes. Quem não puder fazer sua jogada perde, mas pode haver empate, se o mapa acabar integralmente colorido.

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    Outra opção requer um punhado de tachinhas de uma única cor, além de outras duas, de cores diferentes, que servirão como peões dos jogadores. Pode-se também usar um lápis e duas bolinhas de papel diferentes entre si.

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    Um dos participantes põe seu peão num território qualquer e o outro faz o mesmo. Os peões não podem ocupar um mesmo território. As jogadas são assim: cada um move seu próprio peão para um território adjacente àquele em que está e, depois, pinta qualquer outro que esteja em branco (à exceção daquele onde está o adversário). Como não é permitido entrar nos territórios pintados, o espaço irá se reduzindo gradativamente, até que alguém fique bloqueado e o oponente vença. Essa mecânica, inspirada num jogo de tabuleiro chamado Isola, foi proposta pelo francês Michel Brassinne.

    Por último, uma sugestão minha, inspirada no Nim, brincadeira em que se dispõem fósforos em fileiras sobre a mesa, para depois serem removidos aos poucos. Exige apenas um punhado de tachinhas de mesma cor ou um único lápis. Os jogadores se alternam eliminando do mapa um, dois ou três territórios de cada vez, à sua escolha, indicando-os com uma tachinha ou riscando-os com o lápis. Porém, para eliminar dois ou três, é preciso que eles sejam adjacentes entre si, dois a dois (por exemplo, o caso dos Estados de Mato Grosso, Tocantins e Bahia, se o tabuleiro fosse o mapa do Brasil). O vencedor será aquele que eliminar o último território disponível. Essa idéia faz parte de um kit de jogos paradidáticos de geografia chamado Por Dentro do Brasil, que desenvolvi em 1992 para a Grow.

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    Luiz Dal Monte Neto é arquiteto e designer de jogos e brinquedos

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