Leitores geniais
Uma pessoa culta (“Inteligência”, setembro) não seria inteligente? Saber conversar sobre qualquer assunto com qualquer um não torna uma pessoa inteligente? Ou será que inteligência está ligada a um poder de cálculos inigualável? Isso só é ser “diferente”. Na prática, uma pessoa culta vale mais do que uma calculadora humana.
Leandro Araújo Rios,
no site da SUPER
Homem ou mulher? Fico com os dois. Um complementa o outro, não existe essa disparidade. E é claro que a educação influencia, sim, pois são raras as mentes brilhantes, com pouco ou nenhum acesso à educação. Agora, acredito que alguns já nascem com vocação para algo, e ser inteligente é uma delas.
Thiago da Silva,
Marau, RS
Inteligência, em minha opinião, é saber usar a informação. Tive professores arrogantes na faculdade que precisavam tomar dois elevadores: um para ele e outro para o seu ego. Sempre me pergunto: “É mestre e doutor, mas não sabe lidar com pessoas. Para que serve tanto estudo, então?” Saber socializar-se é o ponto-chave da inteligência. Na matéria temos dois exemplos de superdotados que são capazes de ler e somar em segundos, mas não conversam 10 minutos sobre um assunto qualquer. Para mim, isso não é inteligência!
Renato Moreira Fonseca,
no site da SUPER
Essa juventude…
Mark Bauerlein talvez tenha o mesmo problema de meu pai – o de não saber nem mesmo ligar um computador (SuperPapo, setembro). O fato de os jovens estarem criticando o livro que ele escreveu mostra que se interessam por leituras diferentes. Por exemplo, outro dia a irmãzinha da minha namorada perguntou: “O que significa furacão?” Precisei de 5 minutos na rede para descobrir que furacão vem da palavra maia huracán. Estou indignado com a falta de flexibilidade do senhor Mark Bauerlein.
Ivan Caperuto
Quando dizem que a internet é lugar de obscenidades, bobagens e pornografia percebo que é isso opinião de quem não entende do assunto. Leia-se: de quem mal sabe ligar uma cpu. Graças à internet, dividimos conhecimento, idéias e informações. Por essas duas entrevistas (que, por sinal, foram excelentes) podemos concluir que o problema está em quem utiliza a net. A web nada mais é do que um reflexo do mundo, da sociedade e das pessoas.
Helvécio Dias da Rocha,
Sete Lagoas, MG
Sempre vai haver pessoas com pensamentos como Mark Bauerlein. Nos anos 70, essas pessoas diziam que os jovens andavam irresponsáveis como nunca, nos anos 80, que eles andavam alienados como nunca, nos anos 90, indiferentes e, agora, burros. Parece que os jovens nunca são bons o suficiente para a geração anterior. Não é porque uso a internet que deixo de ler, discutir ou pensar por mim mesma – o que mudou foi a forma como o faço. E a internet não é só mais uma ferramenta?
Letice Borges,
no site da SUPER
Tenho 18 anos. Portanto, faço parte da geração que Mark Bauerlein considera a mais estúpida da história. Venho então defender a minha geração e dizer que nem todos os jovens são como ele diz. Tenho orkut e MSN, mas não sou escrava deles, convivo muito com os meus pais e leio de 3 a 4 livros por mês. Ainda saio e me divirto muito com meus amigos, e posso garantir que nenhum deles é estúpido a ponto de passar um dia inteiro em frente ao computador. Nossos assuntos quase nunca são sobre internet, falamos de tudo: livros, religião, filmes e até de política. Não somos uma geração burra, mas, sim, uma geração mais informada.
Natália Devós
Superinteressante o SuperPapo de setembro. São matérias como essa que nos levam à reflexão sobre um tema tão abrangente. A SUPER acertou em cheio trazendo os dois lados de uma discussão tão polêmica.
Vanderley Sabino,
XiqueXique, BA
Eles não bebem, não
Na Antiguidade, as bebidas fermentadas tiveram seu valor (“10 Mil Anos de Pileque”, setembro). Às vezes, era a única bebida sem impurezas disponível, além de conter nutrientes importantes. Hoje, temos água tratada e nossa alimentação é bastante variada – não precisamos mais do álcool. Aqueles que alegam que um “golinho não faz mal” devem se lembrar de que cada alcoólatra teve um primeiro gole na vida. Qualquer um está sujeito a ter problemas com alcoolismo direta ou indiretamente. Definitivamente, a nossa sociedade não precisa de bebida alcoólica.
Manuel Assis,
no site da SUPER
De acordo com a reportagem da revista, a bebida serviu como meio, catalisador ou encorajamento para: a escravidão no Egito; os massacres romanos, hunos e vikings; os marujos do colonialismo; os sacerdotes da Igreja; a escravidão africana; a revolução feminina; os combates da 2ª Guerra Mundial; e a criação dos EUA. Pensando bem, a história teria sido muito melhor sem a bebida.
Walace Santana,
no site da SUPER
A revolução feminina é comparável à escravidão africana, Walace?
Você é um gênio?
Amei a SUPER desse mês. Mas descobri que, se todos os testes de QI fossem de lingüística, eu os resolveria num piscar de olhos (“Você é um Gênio?”, setembro). Eu demoro um pouco mais para fazer os testes espaciais. Mas os de matemática, meu Deus, quem foi que inventou mesmo a matemática?
Damaris Barradas
Eu sou um gênio? Não foi bem o que constatei depois dos testes. Fiquei na mísera marca Júnior, um desapontamento pra mim. Concordo com a teoria das inteligências múltiplas porque elas funcionam comigo: tenho uma sutil capacidade de raciocínio lógico-matemático, e de inteligência interpessoal e intrapessoal.
Fred Reinald,
Cidelândia, MA
Parabéns! Essa edição me surpreendeu, é daquelas que você não consegue parar de ler. Gostei da matéria da capa e, é claro, do teste “Você É um Gênio?”
Cristiane Crisci,
no site da SUPER
Aula de matemática
Será que vocês poderiam me explicar como chegaram ao resultado de 214 no teste de inteligência número 9?
Rodrigo Damico,
Belo Horizonte, MG
Lá vai, Rodrigo. Como 4 livros azuis correspondem a 36, já sabemos que cada um deles pesa 9. Para descobrir o peso dos outros livros, basta relacionar as cores aos resultados. Assim, o livro verde pesa 7, o amarelo pesa 6 e o rosa pesa 8. Agora conte separadamente os livros de cada cor que estão na prateleira e multiplique pelo peso de cada um. O resultado é 202. Some o peso da prateleira e voilà: 214.
Você não decide nada
A reportagem “O Livre-Arbítrio Não Existe” (SuperNovas, agosto) repercute em inúmeros setores. Na justiça criminal, por exemplo, vem-se questionando a culpabilidade dos criminosos, ou seja, a reprovação da conduta de alguém fundada na idéia de que eles poderiam ter agido de outra forma. Ou seja, reprova-se um crime porque o seu autor poderia ter agido de outra forma naquela situação. O texto mostra que, se fosse possível voltar no tempo, é provável que a conduta do criminoso fosse a mesma.
Ricardo Ribeiro Campos,
Juiz Federal da 11ª Vara Federal no Estado do Ceará
Bate-bola
O Brasil é o país do vôlei, pois nossas seleções viraram referência nesse esporte (Essencial, setembro). No futebol, nossos times deixaram de ser respeitados, e os jogadores não sentem mais vontade de defender as cores do país.
Marcelo Lira,
Imperatriz, MA,
no site da SUPER
A Inglaterra é o país do futebol porque lá o esporte é levado a sério e a torcida é respeitada. Os torcedores têm dinheiro para ir assistir aos jogos e ajudam a melhorar a estrutura do clube. Diferentemente do Brasil, onde os times estão tão endividados que nem pagam os salários direito e a torcida não se mobiliza para ajudar o seu time de coração!
Danilo Coronel,
no site da SUPER
Nossos balzaquianos
Aos 30 anos, posso dizer que, para mim, essa continua sendo a idade do sucesso (”Engordar, Pecar, Sofrer”, setembro)! Nunca me senti tão bonita, inteligente e segura de mim. Estou conquistando coisas que, aos 20, não conseguiria. Engravidar é realmente um fantasma, uma cobrança, mas como tudo na vida é questão de escolha individual. E ninguém tem nada a ver com isso. Esse negócio de que velhice é sinônimo de ultrapassado é coisa de quem acha que será jovenzinho para sempre: pensamento imaturo, infelizmente.
Rosi Garcia,
no site da SUPER
Eu, com 30 anos nas costas, gostei muito da reportagem. Sou leitor da SUPER desde os anos 90. A revista toda está prazerosa de ler, mas esse texto foi bom, saiu das análises científicas para explicar nossa realidade.
Marcelo de Campos da Cruz,
São Paulo, SP
Vida cigana
Quero dizer, como neta de cigana, que foi criada em festas, sabendo falar romani, que nós agradecemos à SUPER por mostrar aos não-ciganos um pouco da nossa cultura. Mas quero deixar bem claro: ciganos não devem ser estudados – são aceitos ou não! Assim, por favor, parem de tentar saber o que se passa nessa cultura rica e maravilhosa. Obrigada.
Bonine John,
no site da SUPER
Stones no Matão
Fiquei surpreso e ao mesmo tempo contente de ver que os Rolling Stones passaram as férias em Matão, interior de São Paulo, entre as décadas de 1960 e 1970, e deram início à música Honky Tonk Woman (SuperFetiche, agosto, pág. 98). Os Stones gostaram da cidade por lembrar o Arizona! Me mudei para Matão há 5 anos, em busca de qualidade de vida. Quando soube dessa história há um tempo, nunca havia imaginado que uma cidade com apenas 74 mil habitantes e movida pelo agronegócio fosse tão importante para a história do rock’n’roll. Valeu SUPER por citar a “minha terra”!
Rodrigo Pagliani Simonato,
Matão, SP
A gente somos inútil
Acho que o fechamento da edição deve ter sido em cima hora porque percebi algumas falhas pequenas. No intertítulo, na página 58 (“Inteligência”, setembro), está assim: “O que faz uma pessoa se (ser) mais inteligente…” e “Dá para aumentar o oder (poder) da sua mente?” Desculpem-me pela minha chatice.
Erivelton de Morais,
Tatuí, SP
Chatice nada, Erivelton. E você não foi o único a perceber o nosso erro. Ponto para vocês, leitores, os verdadeiros gênios da SUPER.
“Somos péssimos vasilhames de bebida: até os uísques importados viram urina em nosso organismo. Quando o ser humano resolve bancar o porta-álcool, estraga seu convívio social e a sua própria vida. Enfim, de gole em gole tornamos a vida um porre.”
Antonio Brás Constante,
no site da SUPER,
sobre os 10 mil anos de pileque.
“Fiquei chocado ao descobrir que existe um ser maligno que manda em mim. Comecei a me rebelar contra esse ser dominante mandando este e-mail. Não foi o meu cérebro que mandou, fui eu que decidi mandar!”
Marcos Falcão,
sobre a farsa do livre-arbítrio, supernovas, setembro.
Brasil ou Inglaterra?
Como tudo que envolve a paixão nacional, o futebol, o Essencial (“Inglaterra, o Verdadeiro País do Futebol”, setembro) esquentou a discussão entre nossos leitores. “Nós, brasileiros, ainda não conseguimos transcender a simplória paixão pelo futebol em atividade criativa para o desenvolvimento”, diz Johannes Tiberius, de São Paulo, no site. A maioria concorda que o Brasil ainda é o lugar dos craques e do talento com a bola, mas falta comprometimento dos torcedores para chegar perto dos ingleses. “O nível do profissionalismo alcançado pelos jogadores ingleses, nos clubes e na seleção, define que a Inglaterra leva fácil essa disputa”, diz Paulo Cesar Mello. Enquanto a polêmica continua, alguém topa uma pelada por aí?