Casamento – Eterno enquanto dure
Dez mandamentos para emplacar no matrimônio. Na alegria, na tristeza, na saúde, na doença
1. Serás mais gordo que sua mulher
Durante 4 anos, pesquisadores da Universidade do Tennessee, nos EUA, acompanharam 169 casais. Descobriram que tanto o homem quanto a mulher ficam mais satisfeitos na relação quando o IMC (Índice de Massa Corporal) dela é menor que o dele. Isso não quer dizer que as gordinhas estão fadadas à infelicidade: basta achar um mais rechonchudo.
2. Lavareis roupa todo dia
Pesquisadores americanos resolveram verificar a relação entre a prática de atividades domésticas e o sexo. Ao avaliar 6 877 casais, concluíram que homens e mulheres que perdem mais tempo nas tarefas do lar são os que declararam fazer mais sexo. O aumento semanal de 1% na carga de trabalho em casa turbinou em 0,11% o número de relações sexuais para mulheres e 0,06% para homens. Acha pouco? Em números absolutos, chegou a 15 transas extras por ano.
3. Não direis “eu” em vão
O uso de pronomes pode dizer tudo sobre o nível de satisfação de uma família. Ao monitorar 15 minutos de discussão de 154 casais de meia-idade ou mais velhos, pesquisadores da Universidade da Califórnia concluíram que falar o pronome da primeira pessoa no plural (como nós e nosso) estava associado a um número maior de características desejáveis numa interação, como a estabilidade dos batimentos cardíacos e a presença de mais comportamentos emocionais positivos do que negativos.
4. Falareis com voz de bebê
As pessoas que dizem – “Oiii, momô, tô molendo de xaudade” – tendem a ser mais seguras e até 22% mais apegadas e românticas do que a média. E fazem mais sexo. Isso porque falar como criancinha pode reativar circuitos primordiais do apego e fazer que o cérebro libere mais dopamina e oxitocina, que reduzem o estresse, segundo pesquisadores do Elmira College, nos EUA.
5. Não pecareis contra a castidade
Casais que esperaram a noite de núpcias são mais felizes que os apressadinhos, segundo um estudo publicado na revista da Associação Americana de Psicologia. Mais de 2 mil casais responderam a um questionário com a pergunta: “Em que fase do relacionamento vocês começaram a fazer sexo?”. Entre os que esperaram, a estabilidade era 22% maior, a satisfação, 20% e a qualidade do sexo, 15%. Quem esperou um pouco, mas não aguentou até o casório, também se declarou mais feliz que a média. Mas atenção: a Brigliam Young University, que conduziu o estudo, é de mórmons.
6. Não procriareis
Se ainda estão na dúvida sobre ter um filho, não o tenham. Pesquisadores da Universidade de Iowa, EUA, mostraram que casais sem crianças são mais felizes. Eles avaliaram a satisfação conjugal nos 6 primeiros meses de casamento, um mês antes do nascimento do primeiro filho e 6 e 12 meses após o parto. As respostas foram comparadas às dos casais sem filhos num mesmo período total de relação. Enquanto os segundos se mantiveram estáveis, os primeiros declararam maior insatisfação ao longo do tempo – ainda mais intensa após o aniversário de um ano do bebê.
7. Mulher, não ganharás o Oscar
Seu marido pode ficar com inveja e pedir o divórcio. Um estudo da Universidade de Toronto sugere que o sucesso reduz a longevidade dos casamentos de estrelas femininas. O estudo analisou os dados de 751 indicados ao Oscar de Melhor Atriz e Melhor Ator de 1936 a 2010. Conclusão: depois de ganharem o prêmio, as vencedoras mantiveram o matrimônio por 4,3 anos, contra 9,51 das apenas indicadas. Entre os homens, a diferença não foi significativa: por volta dos 12 anos.
8. Casareis no papel
“Amigar”, como diria aquela tia, não faz nada bem à saúde mental. Segundo uma pesquisa realizada em Ohio, casais que resolvem simplesmente juntar as trouxas sofrem mais de depressão do que aqueles unidos legalmente. Para os primeiros, a sensação de instabilidade provocada pelo casamento moderno chega a 25%. E nada está tão ruim que não possa piorar. O estudo ainda achou mais casos de depressão em casais juntados com filhos, sejam eles biológicos, sejam adotivos.
9. Bebereis juntos
Um estudo da Universidade de Missouri, EUA, comprovou: casais que bebem juntos são mais íntimos e se desentendem menos do que parceiros que entornam cada um com a sua turma. Mais importante que isso, os pesquisadores mostraram que casais que compartilham de um a três drinques por dia também vivem melhor que os abstêmios. Em nome do amor, beba – mas com moderação.
10. Não amarás um soldado
Os homens que serviram às Forças Armadas dos EUA traem mais do que os que nunca foram a combate, diz o professor Andrew London, da Universidade de Syracuse. Em um universo de 2 308 pessoas pesquisadas, mais de 32% dos veteranos casados admitiram já ter pulado a cerca; entre os civis, foram 16,8%.
Mapeie os genes
O nome do bandido é DRD4 – um gene associado ao alcoolismo, à jogatina e à preferência por filmes de terror. agora, Um grupo da Universidade de Binghamton, EUA, afirma que o DRD4 também está ligado à prática de sexo sem compromisso e à infidelidade, seja em homens, seja em mulheres. portadores dessa variação no código genético sentiriam mais prazer em relações efêmeras e traições, em função de uma alteração na produção de dopamina, o neurotransmissor do prazer.
E quando acaba?
Um “pé na bunda” pode ter efeito parecido ao da abstinência de cocaína. Pesquisadores da Universidade de Yeshiva, EUA, monitoraram o cérebro de recém-rejeitados (ainda apaixonados) ao ver fotos do ex. Foi ativado o prosencéfalo – a mesma região estaria associada a comportamentos violentos provocados pela cocaína.