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Cidades grandes: Inferno e paraíso

O cotidiano nas grandes cidades é estressante, mas ninguém abre mão dos confortos urbanos.

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Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 30 set 1987, 22h00
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  • Sérgio Rizzo

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    No centro de qualquer metropóle, você encontra uma síntese de tudo o que a existência urbana oferece de bom e de ruim. O trânsito está um inferno? Culpa da falta de planejamento. Mas existe outro motivo para que as ruas estejam abarrotadas de veículos. Simplesmente, há muito o que fazer numa cidade grande – trabalhar, estudar, fazer compras, encontrar os amigos, divertir-se. Por isso há tanta gente se deslocando de um lado para outro. Esse tipo de raciocínio pode não servir de consolo quando você está preso num engarrafamento, mas o fato é que para cada um dos grandes problemas das cidades contemporâneas existe uma contrapartida, na forma de atrativos e de vantagens. Não fosse assim, o planeta não estaria chegando ao século XXI com 50% da espécie humana vivendo em centros urbanos.

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    O crescimento faz com que as cidades estejam sempre reinventando a si mesmas, ao contrário do campo, onde a paisagem se altera bem devagarinho. “A forma de uma cidade muda mais depressa, lamentavelmente, que o coração de um mortal”, registrou o poeta francês Charles Baudelaire (1821-1867). Os limites geográficos são permanentemente expandidos, muitas vezes de maneira desorganizada. Onde havia ontem um quarteirão de sobrados, construídos na década de 50 para abrigar operários, pode erguer-se amanhã um shopping-center com centenas de lojas, restaurantes e cinemas. Antigas indústrias viram centros culturais, e armazéns reformados viram moradias chiques, como no caso dos lofts de Nova York.

    Os subúrbios de muitas metrópoles cresceram tanto que se tornaram quase independentes do centro original. É o que os urbanistas chamam de “cidade policêntrica”. A megalópole do século XXI será na realidade um aglomerado de cidades, cada uma delas dotada de toda a infra-estrutura de serviços necessária para uma existência confortável. Como na Idade Média, um indivíduo poderá nascer, crescer e morrer dentro de um raio de uns poucos quilômetros.

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    Marcha para as nuvens

    Os arranha-céus simbolizam a metrópole do século XX.

    O sonho de chegar ao céu por meio de construções grandiosas acompanha o homem desde o mito da Torre de Babel, narrado no Velho Testamento. As pirâmides do Egito e as torres das catedrais góticas expressam essa ambição de verticalidade – até aparecerem os arranha-céus, no início do século XX. Eles devem sua existência à invenção dos elevadores, um filho da energia elétrica, e ao surgimento de novas estruturas de aço e concreto, mais resistentes que as anteriores. O primeiro prédio a merecer o apelido de arranha-céu foi o Woolsworth, inaugurado em 1913, em Nova York, com 58 andares e 200 metros de altura. O Empire State Building, também em Nova York, reinou como o edifício mais alto do mundo de 1931 a 1973, quando foi superado pela Sears Tower, em Chicago.

    O título saiu de mãos americanas em 1997, com a conclusão das Petronas Towers, na Malásia. “A cidade moderna desafia o céu, não mais num impulso em direção a Deus, mas numa afirmação do homem”, escreveu o historiador francês Jacques Le Goff.

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