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Começar a aula mais tarde melhora performance de adolescentes na escola

Não é (só) preguiça: segundo um novo estudo, jovens apresentam mais dificuldade nas atividades acadêmicas quando as aulas começam muito cedo.

Por Maria Clara Rossini
11 jun 2019, 18h35

Quem convive com adolescentes sabe que uma das principais dificuldades é fazê-los levantar da cama cedo para ir à escola. As reclamações têm fundamento. O sono realmente atrapalha o rendimento escolar quando as aulas começam logo no comecinho do dia. É o que mostra um novo estudo da Academia Americana de Medicina do Sono.

Muitas mudanças biológicas no ciclo circadiano (o famoso relógio biológico) acontecem durante a puberdade. E um dos efeitos é justamente fazer os jovens ficarem acordados até mais tarde – e travarem uma verdadeira luta para cair da cama cedo na manhã seguinte. 

O novo estudo contribui para essa ideia. Em 2017, uma cidade do Colorado, nos Estados Unidos, decidiu mudar o horário de início das aulas. Os alunos do ensino fundamental passaram a entrar 50 minutos mais tarde (de 8h para 8h50), e os do ensino médio ganharam 70 minutos (de 7h10 para 8h20).

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Depois de um ano, os estudantes do ensino fundamental afirmaram dormir 31 minutos a mais do que antes, enquanto o sono dos alunos do ensino médio ficou 48 minutos mais longo. Eles também responderam a perguntas sobre cansaço enquanto faziam o dever de casa e como andava o engajamento nas atividades escolares.

A pesquisa, feita com mais de 15 mil alunos, mostra que a sensação de sono durante as tarefas escolares caiu de 46% para 35% no ensino fundamental e de 71% para 56% no ensino médio. Os níveis de engajamento na escola também aumentaram consideravelmente com a mudança.

A Academia Americana de Medicina do Sono indica que as aulas comecem depois das 8h30, como forma de melhorar a saúde, atenção e segurança dos adolescentes. Porém, um levantamento do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) mostrou que apenas 19% das escolas de ensino fundamental e 14% das instituições de ensino médio seguem essa recomendação.

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Os adolescentes não devem ser os únicos a ser levados em consideração nessa conta. A professora de pediatria Lisa J. Meltzer, autora da pesquisa, também investigou o impacto dessa mudança em professores e funcionários das escolas. Para esse grupo, o resultado não é tão animador. Apesar de terem mais tempo de sono, apenas 64% dos professores relataram se sentir preparados para dar aula no dia seguinte (antes da alteração de horário eram 80%) e só 55% sentiram que ganharam horas para passar com a família (a taxa anterior era de 66%).

“É importante considerar que a mudança nos horários, apesar de ser crítica para a saúde e o bem-estar dos estudantes, também impacta outros membros da comunidade escolar”, alerta a pesquisadora.

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