Como economizar combustível
É física pura: pra rodar mais, é preciso diminuir a resistência do ar, o atrito com o solo e respeitar as leis da mecânica. E, claro, ter talento no volante
1. Sobe e desce
Para economizar nas ladeiras, acelere antes do início do aclive para não pisar forte no meio do caminho. Nas descidas, desça engrenado. Ao contrário do que se diz, é mais econômico que o ponto morto.
2. Feche as janelas
Andar com as janelas abertas não é recomendável, principalmente na estrada. Em alta velocidade, acima dos 80 km/h, elas permitem a entrada do ar e aumentam a resistência aero-dinâmica. Em veloci-dade constante, o acréscimo de consumo chega a 10%.
3. Faça a faxina
Não viaje com excesso de carga. Quanto mais pesado o veículo, mais energia você gasta para acelerar. Cada 50 kg a mais equivalem a 1% de aumento no consumo. Isso inclui excesso de tranqueira no rack sobre o carro. Ao aumentar a área frontal, você reduz a aerodinâmica do veículo.
4. Roda, roda, roda
Pneus descalibrados aumentam a área da roda em contato com o asfalto. Quanto maior a resistência ao rolamento, maior o gasto de combustível. Pneus de baixa resistência ao rolamento, os chamados “verdes”, gastam até 10% menos. Calibre-os quando abastecer.
5. Devagar e sempre
Na estrada, mais de 50% da energia gasta para mover o veículo é usada na superação do arrasto aerodinâmico. Ao meter o pé no acelerador, você aumenta a resistência aerodinâmica e de deslocamento. Carros entre 90 e 120 km/h tendem a consumir até 30% mais combustível.
6. Ás no volante
Evite arrancadas e freadas bruscas. Isso exige mais do motor. Sempre que possível, passe para a marcha mais alta: a marcha errada aumenta o consumo em 30%. Dois aplicativos do iPhone ajudam a medir as suas aceleradas e avisam do gasto de gasolina: GreenMeter e DriveGain.
1. Pneus murchos (17,8% a mais de gasto)
2. Excesso de peso (10,8%)
3. Janelas abertas (9,3%)
4. Velas gastas (7,5%)
5. Filtro de ar entupido (6,2%)
6. Rodar no ponto morto (5,2%)
* Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).
Fontes: Antônio Alexandre Ferreira Correia, Gerência de Produtos e Serviços da Petrobras Distribuidora; Ennio Peres da Silva, Laboratório de Hidrogênio da Unicamp; Márcio D’Agosto, Engenharia de Transporte da Coppe/UFRJ; Paulo Roberto Garbossa, Centro de Estudos Automotivos (CEA); e Ricardo Dilser, assessor técnico da Fiat.