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Conheça Gerhard Walter, prefeito da cidade alemã que quer virar referência mundial em esperanto

Fiel à iniciativa, antes de começar a entrevista ele avisa: "Podemos conversar em inglês ou em esperanto". Infelizmente, escolhemos o inglês (que ele não domina lá muito bem).

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Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 10 dez 2012, 22h00
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  • Laura Folgueira

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    Gerhard Walter é prefeito de Herzberg am Harz, cidade alemã de 15 mil habitantes. Ele teve uma ideia genial: transformar seu vilarejo em referência mundial na divulgação do esperanto, a língua artificial falada por 2 milhões de pessoas. Fiel à iniciativa, antes de começar a entrevista ele avisa: “Podemos conversar em inglês ou em esperanto”. Infelizmente, escolhemos o inglês (que ele não domina lá muito bem).

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    Como e quando o senhor aprendeu a língua?
    Comecei a aprender há seis ou sete anos. A cada duas semanas, um professor vem ao meu escritório e ficamos conversando em esperanto, durante o café da manhã. É muito fácil.

    E como surgiu a ideia de esperanto como uma das línguas da cidade?
    Não sei. Por que as pessoas jogam futebol? É só uma ideia.

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    Como a população reagiu à ideia da “cidade-esperanto”?
    Infelizmente, a maioria das pessoas simplesmente não estava interessada. Mas depois muitos começaram a ler nos jornais e achar uma boa ideia. Só Herzberg teve essa iniciativa, então muita gente veio para cá e hoje mora aqui. Há pessoas da Coreia do Sul, do Japão, de Uganda e da Europa. No ano passado, tivemos um congresso com cerca de 300 pessoas. Os hotéis e restaurantes veem os resultados – e gostam.

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    Quando o esperanto chegou à sua cidade?
    Começou há cerca de 40 anos. O primeiro homem que morou aqui e se interessou por essa língua foi o chefe da nossa Associação Ferroviária.Ele trabalhava em prol do esperanto, ensinando a língua na estação, e trouxe mais de 200 pessoas do mundo todo a Herzberg – muitos tradutores, muitos autores.

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    O ensino do esperanto é obrigatório nas escolas em Herzberg?
    Oferecemos aulas de esperanto em todas os colégios, mas poucos alunos se matriculam. Essas escolas têm acordos internacionais com outras instituições, e promovem intercâmbios entre elas. Mas acho que estaríamos sonhando se esperássemos que todos na cidade falassem esperanto. Talvez isso pudesse acontecer na China, se o governo obrigasse e todo mundo obedecesse, mas não aqui.

    E quantas pessoas falam esperanto na cidade?
    É uma pergunta difícil. Eu sei falar inglês? Acho que não. Mas muitas pessoas em Herzberg estão aprendendo o esperanto. Creio que cerca de 500 falem.

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    O senhor espera que outras cidades sigam o seu exemplo?
    O Parlamento gasta milhões todos os anos para traduzir o que eles dizem. Se todos falassem uma só língua, economizaríamos. Mas não acredito que isso vá acontecer. Em Berlim, há um centro de esperanto, mas não é tão bom quanto o nosso. Para o esperanto, seria bom que mais lugares se interessassem por ele, mas aí Herzberg não teria tanto lucro. Sei que muitos prefeitos pensaram: por que eu não tive essa ideia antes? Eles gastam milhões para promover o turismo. Nossa ideia foi mais barata e melhor.

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