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Dá para ver na sua cara se você é rico ou pobre

E não tem nada a ver com gênero, cor ou roupa. Tem a ver com felicidade.

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
7 jul 2017, 14h11

Você é rico ou pobre? Independente da resposta, um grupo de pesquisadores canadenses está afirmando: dá para ver na sua cara. Literalmente. Um novo estudo realizado pela Universidade de Toronto aponta que a sua grana (e principalmente como você se relaciona com ela) acaba gerando marcas no seu rosto que são, inconscientemente, perceptíveis pelas pessoas que estão a sua volta.

O segredo está no seu sorriso. Os pesquisadores chegaram à conclusão que suas expressões faciais relativas à felicidade ou tristeza ficam marcadas no seu rosto. São como rugas muito sutis, que já aparecem logo no começo da vida adulta. Acontece que dinheiro não compra felicidade – mas deixa marcas dela no seu rosto.  Pessoas com mais grana tendem a ter uma vida mais tranquila e carregar mais registros dessa felicidade na face. Em milésimos de segundo, seu cérebro consegue perceber esses indícios e afirmar se aquela pessoa tem, ou não, uma boa conta bancária. O pexperimento foi feito com estudantes universitários. “O que nós estamos encontrando são estudantes com só 18-22 anos que já acumularam experiência de vida o suficiente para visivelmente mudar e modelar seus rostos, ao ponto de que você pode falar qual é sua situação econômica, ou classe social”, afirma Nicholas Rule, psicólogo da universidade e coautor do projeto.

Os canadenses chegaram à essa conclusão pedindo para voluntários olharem para fotos de pessoas que estivessem com expressões neutras (sorrisos, ou representações de sentimentos claros, como tristeza ou susto acabavam camuflando as tais marquinhas no rosto).  Entre os fotografados estavam homens e mulheres, de diferentes etnias, para evitar que algum tipo de preconceito aparecesse nos resultados. Depois de olharem para os retratos, os participantes tinham de dizer se acreditavam que o analisado em questão era rico ou pobre. A margem de acertos ficou em 53%, superando (ainda que por pouco) a estatística de acerto por sorte.

A razão desse diagnóstico está no seu cérebro. Ele consegue criar padrões de rostos felizes e tristes e rapidamente compará-los com uma pessoa analisada. “É por conta desse mesmo mecanismo que você vê rostos em nuvens, carros, ou torradas”, afirma Rule. Mas ele é tão automático que é difícil de percebê-lo, ou mesmo entende-lo. “Se você perguntar para as pessoas porque elas acham aquilo, elas não vão saber te responder, porque não sabem como isso funciona. Mas elas são rápidas e confiantes, o que é estatisticamente importante”.

Os pesquisadores agora querem ir além. A ideia é que a pesquisa seja expandida para que possam analisar também se esse efeito é mais marcante, ou de alguma forma mascarado, em rostos de pessoas mais velhas. Até lá, vai treinando o sorrisão, isso pode te deixar com uma cara endinheirada e, de quebra, realmente render uma grana. De acordo com o estudo, pessoas com essas marcas de felicidade também tendem a ser mais contratadas em entrevistas de emprego. 🙂

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