Do balacobaco! Palavras entram e saem de moda a cada 14 anos
A descoberta foi feita analisando textos de 1700 a 2008.
Que brasa, mora. Que batuta. Que massa. Maneiro. Animal. Bem loko. Top.
Cientistas sempre se perguntaram por que algumas palavras entram em uso e, alguns anos depois, simplesmente deixam de ser faladas. Agora, acrescentaram mais um dado para esse mistério: uma pesquisa da Universidade de Manchester descobriu que as palavras da moda têm uma vida média de 14 anos. Em quase uma década e meia, elas são alçadas ao hype — e depois caem no esquecimento.
A descoberta foi feita com base em análises estatísticas. Os pesquisadores observaram livros e textos escritos entre 1700 e 2008, e disponíveis no Google Ngram (que tem cerca de 5 milhões de livros digitalizados). Assim, descobriram que as palavras entram e saem de moda em ciclos de 14 anos. A frequência foi notada na língua inglesa, no espanhol, no russo, no italiano, no alemão e no francês. Nos séculos passados, as ondas podiam durar um ou dois anos a mais.
Para os cientistas, motivos culturais, políticos e econômicos definem a vida útil de uma palavra. Assim, perceberam, por exemplo, que logo depois da Primeira e da Segunda Guerra Mundial diversos termos saíram dos registros.
A teoria é que as palavras são transmitidas adiante mais ou menos como genes: elas nascem, se reproduzem e depois morrem. O que os cientistas ainda não sabem responder, no entanto, é por que a vida das palavras é tão mais curta que a dos humanos que as falam.