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Elas te deixam ligadão

As superdrogas prometem melhorar a performance e acabar com o sono. Mas também podem causar dependência e diversos efeitos colaterais

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h54 - Publicado em 26 fev 2011, 22h00

Texto Maria Eduarda Leite

Trabalhar 12 horas seguidas, encarar a academia e ainda esticar para a balada, sempre com um sorriso no rosto, é tarefa para super-homens. Ou para supermedicamentos. O uso de drogas legais que estimulam a concentração, espantam o sono e aumentam a memória vem crescendo em todo o mundo. Já há especialistas que dizem que seu uso em alguns anos será tão comum quanto uma xícara de café no meio do expediente. Somente nos EUA, segundo a revista Scientific American, as prescrições de Ritalina – usada por adultos em busca de concentração – cresceram 12% ao ano em 5 anos.

O metilfenidato, ou Ritalina, como é mais conhecido, é originalmente prescrito para portadores de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Porém, o fácil acesso e a promessa de concentração atrai quem precisa cumprir longas jornadas sem perder o foco. Já o modafinil, que promete até 3 dias sem sono, foi desenvolvido para pessoas que têm narcolepsia – sonolência exagerada durante o dia. Mas acabou virando a fórmula mágica para manter despertos soldados americanos no Afeganistão. A moda pegou e, só nos EUA, estimam-se vendas anuais de US$ 150 milhões. Menos conhecidas, as ampaquinas prometem uma memória de elefante em cápsulas. “Essas substâncias têm tido um uso diferente daquele para o qual foram concebidas”, comenta o psiquiatra e professor da Universidade de Santo Amaro (SP) Kalil Duailibi.

Os efeitos dessas novas drogas superestimulantes ainda não são bem conhecidos, é preciso cautela. “Elas podem causar dependência psíquica, problemas cardíacos, renais e hepáticos”, enumera o neurologista e neurocirurgião Sergio Costa.

Ao contrário de estimulantes proibidos, como a cocaína e o ecstasy, os super-remédios precisam de receita médica, o que acaba tranquilizando os usuários. Mas vale lembrar: no século passado, a cocaína também era receitada por especialistas.

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Segundo os médicos, é comum que os usuários de superdrogas acabem misturando os medicamentos tarja preta com drogas ilegais, como o ecstasy. Nesses casos, pode crer que os perigos descritos no quadro abaixo aumentam ainda mais.

As mais usadas

Ritalina
O que é – Nome comercial mais conhecido do metilfenidato, é da família das anfetaminas.
Uso – É prescrita para portadores de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, adultos e crianças.
Efeitos – Age no sistema nervoso central, potencializando a ação da noradrenalina e da dopamina, ampliando a concentração.
Efeitos colaterais – Pode causar dificuldade para dormir, alterações no humor, dor de cabeça e até mesmo perda de libido.

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Modafinil
O que é – É um estimulante do sistema nervoso central.
Uso – Sua indicação é para pacientes que sofrem de narcolepsia (sonolência excessiva e intensa durante o dia).
Efeitos – Mantém o usuário acordado, alerta e sem sinais de cansaço por longos períodos (até 3 dias).
Efeitos colaterais – Ainda em estudo. Para os médicos, os efeitos da falta de sono são devastadores, como queda da pressão arterial e irritabilidade.

Ampaquinas
O que é – Estimulantes potentes do sistema nervoso central.
Uso – É um antidepressivo potente e pode ser usado no tratamento de dependentes de drogas como a cocaína.
Efeitos – Estimula a memória aumentando a energia do neurotransmissor glutamato, que controla o sistema excitatório cerebral, responsável pelo aprendizado.
Efeitos colaterais – Teme-se que impeça o filtro de memórias, acumulando lembranças que normalmente seriam apagadas, como a de acidentes.

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