Às 16h30 do dia 13 de setembro de 1768, uma pedra caiu em Lucé, pequena vila perto de Chartres, na França. Apesar de aterrorizados, os moradores foram ver do que se tratava e produziram um minucioso relatório para a Academia Real de Ciências. Nele informavam com precisão que a pedra pesava 1 quilo e meio e “caíra do céu, brilhando”.
A Academia nomeou uma comissão para investigar o fenômeno e entregou sua presidência a um jovem químico que acabara de ser admitido como sócio. A comissão rejeitou a idéia de que a pedra caíra do ceu e proclamou, sem nenhuma dúvida: “Trata-se de um pedregulho vitrificado por um raio, sem nenhum interesse para a ciência”. A pedra foi destruída e só por acaso conservaram-se 166 gramas, em Viena, na Austria.
Apesar do início bisonho, o presidente da comissão fez uma carreira brilhante. Na verdade, Antoine-Laurent Lavoisier consagrou-se como o “pai da Química moderna” e até sua morte, na guilhotina, em 1794, foi mundialmente reconhecido como um notável cientista.