O som da pureza
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Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 30 set 1988, 22h00
Ao se colocar a mão na frente do alto-falante de um potente aparelho de som, é possível sentir a pressão exercida pelo ar que transporta as ondas sonoras. Baseada nesse princípio, uma empresa americana teve a idéia de usar o ultra-som para fabricar materiais como vidro, cerâmica e ligas de metal de uma forma mais pura. Para isso, foi usado um tubo que concentra as ondas sonoras em determinado ponto, mantendo no ar um rolamento de aço de exatos 28 gramas. Essa espécie de truque de levitação serve para impedir qualquer reação química entre os materiais e a parede dos recipientes nos quais foram moldados. Esse cuidado com a pureza é essencial, por exemplo, na fabricação de fibras de vidro para equipamentos de comunicação e cerâmica supercondutora.
O som também está sendo usado nos Estados Unidos para a desidratação de alimentos, como suco de laranja, xarope de frutas e de milho e massa de tomate, que resistem aos méto dos de secagem tradicional. A secagem acústica faz vibrar os alimentos com tal intensidade que a temperatura do ar quente utilizado não precisa ser g tão alta a ponto de prejudicar suas vitaminas. O método tem só um defeito: a máquina faz um barulho tão ensurdecedor que fica difícil trabalhar à sua volta.
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