Oito vezes que a ciência provou que você não é tão diferente assim
Está se achando uma pessoa especial, única, centro das atenções? Bom, não é bem assim.
Todos os seres humanos são únicos? São. Mas, assim como o recente meme diz, você não é um ser humano tão diferentão, belezão, barroco. Separamos oito exemplos em que a ciência prova que talvez você, eu, todos nós, não sejamos tão únicos assim.
Sou só eu que…
…pago a academia, mas não vou?
Não, você deve isso aos seus genes. Mais do que a preguiça, são seus antepassados que clamam para você continuar na Netflix e deixar os supinos de lado. A explicação é que antes de podermos ficar em confortáveis salas com ar condicionado e wi-fi, tínhamos que nos preocupar em poupar nossas energias. Era difícil determinar quando iriamos comer de novo, ou até mesmo se alguma ameaça apareceria e nos forçasse a gastar nossa reserva energética. Os tempos mudaram, mas nós ainda não, então nem precisa se preocupar, ó, pessoa única, símbolo do streaming, maratonista de sofá, você apenas está sofrendo os desafios de ter ancestrais que precisavam descansar.
…fico olhando para a tela do celular, mesmo quando não vou realmente mexer?
Na verdade, todo mundo faz isso. Mais do que se imagina até. Um estudo realizado pela produtora de aplicativos Locket, em 2013, monitorou o celular de 150 mil usuários e descobriu que uma pessoa desbloqueia a tela do celular em média 110 vezes por dia. Como a pesquisa leva em conta apenas o período entre 5h00 e 20h00, isso dá mais de 7 vezes por hora. A pesquisa ainda aponta que alguns usuários chegavam ao número de 900 checadas em um período de 12 horas.
…apesar de tudo, admito que gosto de ouvir uma fofoca?
Não precisa se sentir mal, ouvir fofocas têm um objetivo nobre para seu corpo: ensinar. Um estudo realizado em parceria pelas universidades de Northeastern e da Califórnia apontou que é natural gostar de ouvir contarem histórias péssimas soube outras pessoas porque isso educa seu cérebro a não tentar repetir tais ações.
…percebo que alguém está me chamando, quando estou de fone?
Você está ouvindo a música no último volume, mas mesmo assim consegue sacar que alguém não para de te chamar? Infelizmente, isso não faz de você um x-men, apenas mostra que seus ouvidos funcionam da forma que deveriam. Como o Oráculo aqui da SUPER já explicou uma vez, isso acontece porque a frequência do chamado é diferente do da música que você está ouvindo, então seu cérebro consegue perceber.
E nem se anime, se às vezes você ouve seu nome, mas não tem ninguém realmente clamando por você, nem tente em se denominar médium. Em geral, você só confundiu os fonemas presentes na canção, e como seu cérebro está acostumado a relacionar esse som com um chamado, ele te faz pensar que alguém está querendo falar com você.
…não consigo sentir o cheiro de casa?
O resfriadão, farejador às avessas, testador de perfumes demitido? Não, isso é completamente normal. Em 2014, a psicóloga cognitiva Pamela Dalton explicou à New York Magazine que isso é parte da evolução humana “a intensidade dos cheiros tende a diminuir. Isso acontece porque seu cérebro percebe que os novos cheiros não representam uma ameaça, ou seja, ele não precisa prestar muita atenção nisso”. Ou seja, o cérebro está sempre atento à novos cheiros, isso ajuda a se manter vivo: cheiro de gás? Melhor checar o forno, e a partir do momento que ele percebe que sua casa não vai te matar, ele desencana e fica esperto se tem algum outro cheiro que pode indicar perigo.
…odeio fazer cocô quando vou viajar?
Definitivamente, você não está sozinho nessa, e há várias coisas que podem causar isso: 1- quando você viaja, as comidas que ingere são diferentes e isso pode afetar sua flora intestinal, deixando o ato de ir ao banheiro mais difícil. E 2- viajar, em algum momento pode te estressar, e como disse ao The Atlantic, a microbiologista da Universidade de Standford, Elizabeth Bik, “o estresse pode interferir em como suas entranhas funcionam”. Isso acontece porque o intestino possui milhões de neurônios, que interferem na sua digestão.
…não consigo lembrar o nome daquela pessoa que me cumprimentou?
Isso é péssimo, mas não é exclusividade sua. Provavelmente isso rolou porque quando a pessoa se apresentou você não estava tão interessada assim nela. Acontece que o cérebro tem que determinar quais informações devem ser armazenadas ou não, e, aparentemente, o nome do desconhecido foi tido como irrelevante. É por isso que as pessoas mais sociáveis tendem a lembrar de mais nomes, porque, para elas aquilo é importante. “Alguns indivíduos, talvez aqueles que são mais socialmente conscientes, são mais interessado nas pessoas, mais interessadas em relacionamentos. Eles seriam mais motivados para lembrar o nome de alguém”, afirmou psicólogo da Universidade do Kansas, Richad Harris ao Daily Mail.
…que falo sozinho?
Não, ocasionalmente, todo mundo faz isso. E isso é bom. Um estudo publicado em 2012 no Diário Trimestral de Psicologia Experimental mostrou que, ao procurar um objeto, repetir em voz alta o nome do que você quer, ajuda seu cérebro a focar e encontrar o item mais rápido. A ideia é que falar sozinho organiza seus pensamentos.