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Os remédios mais vendidos do Brasil

Foram comercializados 4 bilhões de medicamentos no último ano – os campeões de vendas foram remédios para doenças cardiovasculares

Por André Biernath, de Saúde
19 dez 2017, 16h24

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um relatório completo com os dados de comercialização de remédios em todo o país durante o ano de 2016. No total, foram vendidos 4 bilhões de medicamentos, com um faturamento total de 63 bilhões de reais.

As drogas usadas no tratamento das doenças cardiovasculares ficaram em primeiro lugar no número de unidades vendidas. Foram incríveis 694 milhões de embalagens entregues aos consumidores.

Esse volume astronômico se justifica ao levarmos em conta o crescimento da obesidade no Brasil, que já atinge 18% da população adulta (há 10 anos, estava em 10%). Junto com o excesso de peso, surgem problemas como a hipertensão e o colesterol alto, fatores de risco para insuficiência cardíaca, infarto ou acidente vascular cerebral. Só no ano passado, o Sistema Único de Saúde teve mais de 1,1 milhão de internações em decorrência desse trio de encrencas.

Em segundo lugar, aparecem os remédios prescritos contra males que atingem o sistema nervoso central, como Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla e epilepsia. Eles levaram a 190 mil internações na rede pública ao longo do ano passado. Apesar de ter ficado com a medalha de prata, essa categoria foi a que teve o melhor faturamento, com 9,2 bilhões de reais. Comprimidos e outras formulações que atuam no sistema digestivo figuram na terceira colocação do ranking da Anvisa.

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Nomes aos bois

Em relação aos princípios ativos que, sozinhos, são os mais lucrativos, a lista de campeões conta o trastuzumabe (para câncer de mama), o sofosbuvir (para hepatite C), a vacina contra a gripe, o adalimumabe (para artrite reumatoide) e o cloreto de sódio (para o reestabelecimento de fluidos e eletrólitos após vômitos e diarreias), respectivamente.

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A seleção dos mais vendidos por unidade tem o cloreto de sódio, a losartana potássica (para insuficiência cardíaca) e a dipirona (para dor e febre) no pódio, com mais de 100 milhões de caixinhas distribuídas. Logo atrás, com 50 a 100 milhões unidades negociadas, estão listadas a metformina (para o diabetes tipo 2), o paracetamol (para dor e febre), a nimesulida (para dor e febre), a hidroclorotiazida (para hipertensão), o levonorgestrel (pílula anticoncepcional), o ibuprofeno (para dor e febre) e a levotiroxina (para o hipotireoidismo).

Essa é a segunda publicação de um relatório do tipo pela Anvisa. Segundo os diretores da entidade governamental, o objetivo é trazer mais transparência aos dados da indústria farmacêutica no país. Você pode conferir todas as informações neste link.

Este conteúdo foi publicado originalmente em Saúde.

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