Quem, mesmo não querendo, nunca fugiu de um contato visual? Ele pode dar arrepios nos mais tímidos e até ajudar a diagnosticar sintomas de autismo, por exemplo. Mas quanto tempo ele deve durar?
Em busca dessa resposta, cientistas observaram que não só seres humanos, mas também os animais trocam olhares para transmitir sentimentos de ameaça ou interesse. Mas aí entra o dilema: se uma pessoa fixa o olhar em outra por pouco tempo, dependendo do contexto, pode parecer desinteressada. Já se o contato visual for muito longo, pode ser um pouco assustador para o observado.
A pesquisa, publicada na revista da Royal Society Open Science, entrevistou cerca de 500 visitantes do Museu de Ciência de Londres – 224 deles eram do sexo masculino, entre 11 e 79 anos.
Cada participante observou 40 clipes do mesmo ator ou atriz, fazendo contato visual com eles por vários períodos de tempo. Enquanto isso, a dilatação da pupila dos candidatos – tida pelos cientistas como um indicador de excitação fisiológica – era registrada.
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A grande maioria dos participantes preferiu manter um contato visual que durasse entre dois e cinco segundos. Ninguém preferiu contatos visuais que durassem menos de um segundo ou mais de nove segundos.
Além disso, o estudo descobriu que as preferências dos voluntários não dependem de gênero, traços de personalidade ou atratividade.
O tempo vencedor foi uma média de 3,3 segundos, que coincide com alguns estudos preliminares publicados na década de 1970. Ou seja, cuidado ao estabelecer um contato visual menos ou mais longo: você corre o risco de passar a impressão errada.