Oitenta anos depois, um acontecimento misterioso – o célebre Incidente de Tunguska – começa a ser investigado para valer. Nos próximos cinco anos, diversas expedições irão fazer o levantamento completo da região onde, na manhã do dia 30 de junho de 1908, exatamente às 7 horas e 17 minutos, uma bola de fogo devastou o vale do rio Tunguska, no remoto norte da Sibéria, União Soviética. A explosão, equivalente à de uma bomba 1 500 vezes mais potente que a de Hiroxima, destruiu 60 quilômetros quadrados de floresta e foi ouvida a 600 quilômetros de distância.
O fenômeno ficou esquecido na Rússia czarista e só começou a ser pesquisado em 1921 pelo mineralogista soviético Leonid Kulik, especialista em meteoritos. De saída, ele descartou a hipótese de ser um meteorito a causa da explosão – não havia cratera. Desde então, diversas e disparatadas teorias foram propostas, entre elas a explosão de uma nave espacial ou de uma bomba nuclear extraterrestre, e por aí afora. A mais plausível delas atribui o evento à queda do núcleo de um pequeno cometa. Agora, com os novos estudos, o mistério talvez seja resolvido.