Rússia tem site de compras só para presidiários
Famílias dos detentos podem comprar e enviar produtos - entregues diretamente na cela
Os 644 mil presidiários russos recebem alimentação na cadeia – mas, como no Brasil, eles também contam com itens enviados pela família. Normalmente, esses artigos só podem ser adquiridos nos mercadinhos dos próprios presídios, onde as filas podem durar horas. Mas também estão surgindo sites que facilitam o processo – e já foram apelidados de “Amazon dos presidiários”.
O maior deles é o FSIN-Zakaz, que diz ter recebido cerca de 70 mil pedidos neste ano – o dobro de 2014. No site, que cobra uma taxa adicional de 255 rublos (R$ 16) sobre cada produto vendido, os artigos mais vendidos são refrigerantes, chocolates e desdorante. O detento não tem permissão para acessar a internet, ou seja, as compras têm de ser feitas por um parente. A entrega é feita diretamente na cela.
O negócio foi criado pelo empresário de internet Konstantin Antsiferov, que também é dono do FSIN-Pismo, site que atua como uma espécie de correio entre os presos e suas famílias. Pagando 55 rublos (R$ 3), os parentes podem escrever um e-mail – que é impresso e entregue ao preso. Também é possível fazer o caminho oposto: o detento pode escrever mensagens em papel, que são escaneadas e enviadas por e-mail para a família. O site diz ter enviado e recebido 320 mil mensagens este ano.
As mensagens são fiscalizadas pelas autoridades para evitar conteúdo indevido. Os serviços estão disponíveis em 400 das 1000 cadeias russas.