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Você é inteligente?

É mais fácil reconhecer as proezas da inteligência do que explicá-la. Só o que a ciência sabe é que tem a ver com a infância e com os genes.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 1 Maio 1998, 22h00

Lívia Lisbôa

A inteligência é a qualidade humana mais valorizada pela sociedade. Apesar disso, os cientistas ainda não conseguiram defini-la de forma satisfatória nem, muito menos, encontrar explicações fisiológicas para ela. A inteligência é uma combinação da capacidade intelectual de armazenar dados com a maneira de interpretá-los. Isso depende não só dos genes herdados dos pais, mas também do ambiente. A inteligência é conseqüência dos estímulos sociais, físicos e psicológicos que a criança recebe nos seus primeiros anos. O que não se sabe é em que proporção esses ingredientes contribuem para o resultado final. Na receita, entram ainda a criatividade e a intuição, indispensáveis para que a pessoa seja capaz de se adaptar a situações novas. “Até certo ponto a inteligência é algo que você constrói, indo atrás das oportunidades que o meio lhe oferece”, diz o neuropediatra Mauro Muszkat, da Universidade Federal de São Paulo.

A inteligência não é uma – são muitas. Intangível, ela pode ser espacial ou motora, musical ou verbal. O fato de ter múltiplas formas explica a genialidade de indivíduos tão diferentes quanto Mozart, Fernando Pessoa e Charles Darwin.

Até recentemente, o único parâmetro para se medir a inteligência era o teste de QI (quociente de inteligência), desenvolvido no início do século pelo psicólogo norte-americano Lewis Terman, da Universidade de Stanford. Esses testes, que avaliam apenas o raciocínio lógico-matemático, tornaram-se um padrão mundial. O QI é um indicador imutável: depois dos 7 anos de idade, é impossível aumentá-lo. Muitos cientistas questionam as medições de QI e, hoje, está na moda contrapor a elas o conceito de “inteligência emocional”, ou seja, o controle sobre os próprios sentimentos.

Quando o físico alemão Albert Einstein morreu, em 1955, seu corpo foi cremado. O cérebro, porém, ficou guardado num laboratório. Os médicos queriam saber se havia, em algum lugar de suas curvas e fissuras, uma explicação fisiológica para o mistério da sua genialidade. A tentativa fracassou. O cérebro do autor da Teoria da Relatividade revelou-se igual ao de qualquer pessoa normal

Os japoneses podem escolher entre dois sistemas bem diferentes na hora de escrever uma mesma palavra: ideogramas ou sinais fonéticos. Em preto, acima, está o ideograma da palavra “pássaro” no sistema kanji, que representa as coisas e as idéias sob a forma de imagens, e que usa o lado direito do cérebro. Ao lado, lê-se “pássaro” no alfabeto hiraganá, que usa um símbolo específico para cada som – tarefa para o lado esquerdo.

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Mulheres

Percepção visual – A tendência é que as mulheres percebam mais rapidamente qual é a casa igual à da esquerda

Achar objetos – Elas logo reparam em algo novo da sala. E também devem encontrar a chave que está num destes quadros mais depressa do que os homens

Coordenação motora fina – Vários pinos devem ser encaixados numa tábua cheia de furos. Adivinhe quem termina antes? As mulheres, claro

Fluência verbal – Diga uma letra e peça palavras que comecem com a letra escolhida. Num mesmo intervalo de tempo, a lista das mulheres deverá ser maior que a dos homens

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Homens

3D – Em três dimensões, em posições diferentes, qual figura é exatamente igual à da esquerda? Os homens respondem antes, com mais facilidade

Percepção espacial – O mesmo acontece com os furinhos da folha de papel. Como eles ficam dispostos quando a folha está desdobrada?

Senso de orientação – No tiro ao alvo ou nos dardos, a pontaria deles é melhor. Quando se trata do sentido de direção, os homens têm mais facilidade

Objetividade – Mais práticos, os homens identificam logo a figura geométrica que se confunde com outras linhas, num dos quadros à direita

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Quem sabe é super

A ciência considera normal a inteligência de uma pessoa com QI entre 90 e 110. O QI mais alto já registrado até hoje foi de 228, alcançado por uma menina inglesa de 10 anos.

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