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5 filmes que foram inspirados em jogos de tabuleiro

Do Detetive ao Batalha Naval: veja como as dinâmicas de jogos clássicos foram adaptadas para as telonas.

Por Luiza Lopes
17 nov 2025, 08h35

Jogos de tabuleiro que atravessaram gerações acabaram ganhando espaço também no cinema. A familiaridade desses títulos ajudou a impulsionar adaptações de estilos variados. Alguns jogos oferecem, por si só, elementos prontos para uma narrativa, como personagens definidos ou uma estrutura de mistério. 

Outros, porém, exigiram que os roteiristas inventassem quase tudo do zero para transformar regras simples em enredo. A seguir, reunimos cinco filmes inspirados em jogos de tabuleiro reais e mostramos como cada produção reinterpretou suas dinâmicas, personagens e temas ao levá-los para a tela.

Detetive 

O exemplo mais clássico de adaptação é Os Sete Suspeitos (Clue, 1985), dirigido por Jonathan Lynn e que adapta o famoso jogo que, aqui no Brasil, chamamos de Detetive.

O jogo original, criado em 1943 pelo britânico Anthony E. Pratt, já trazia personagens definidos e uma mansão cheia de salas onde um assassinato deve ser desvendado por dedução. No tabuleiro, cada jogador elimina possibilidades até descobrir quem matou, com qual arma e em qual cômodo. Foi o Coronel Mostarda na sala de jantar com um castiçal.

O filme preserva essa estrutura, mas a converte em comédia de ritmo acelerado. As salas viram cenários de correria, portas batem sem parar, e os personagens ganham diálogos e motivações próprias. Em vez de priorizar a lógica da dedução, a narrativa aposta em humor e timing cômico.

Batalha Naval

Em Battleship – A Batalha dos Mares (2012), dirigido por Peter Berg, o caminho é o oposto. Criado em versões caseiras no início do século 20 e padronizado pela empresa Milton Bradley na década de 1960, o jogo Batalha Naval é uma disputa abstrata de coordenadas: dois adversários tentam adivinhar onde o outro posicionou seus navios e vencem ao afundá-los. Não há personagens, enredo ou universo próprio.

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O filme, portanto, precisou inventar praticamente tudo. A trama acompanha uma operação naval internacional que enfrenta uma força alienígena, em uma narrativa de ação e ficção científica estrelada por Liam Neeson, Taylor Kitsch e Rihanna.

A única referência direta ao tabuleiro aparece quando militares disparam “às cegas” em coordenadas, lembrando o “acertou/errou” do jogo. No mais, a produção transforma um jogo essencialmente tático em espetáculo militar, com efeitos visuais e um antagonista criado do zero.

Mas, confia: continue no jogo. O filme é bem fraquinho.

Ouija

Ouija (2014), dirigido por Stiles White, adapta um dos objetos mais conhecidos do espiritualismo popular. O tabuleiro Ouija surgiu no contexto do movimento espiritualista do século 19 e teve seu pedido de patente concedido em 1891.

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Comercializado por décadas pela empresa William Fuld e, a partir de 1966, pela Parker Brothers (hoje parte da Hasbro), o objeto se consolidou como jogo de tabuleiro, que traz letras, números e uma planchette: dispositivo com uma ponta para supostamente “comunicar-se” com espíritos – fenômeno associado ao efeito ideomotor (movimentos inconscientes feito pelas próprias pessoas, que acham que estão sendo guiadas pelo além) e à sugestão coletiva.

No filme, porém, essa prática é tratada como porta de acesso a forças perigosas. A narrativa estabelece regras dramáticas, como a proibição de jogar sozinho, e transforma o mito em motor de suspense: ignorá-las resulta em consequências fatais.

Lobisomem

O quarto título, Family Pack (2024), adapta The Werewolves of Miller’s Hollow – conhecido no Brasil como Lobisomem. Criado por Philippe des Pallières e Hervé Marly, o jogo é um clássico da dedução social: cada participante recebe secretamente um papel (aldeão, lobisomem, vidente, entre outros) e, a cada rodada, tenta identificar quem são os lobisomens por meio de blefes, votação e eliminação.

No filme dirigido por François Uzan, essa lógica é levada ao pé da letra. Depois de começar a jogar, uma família moderna é transportada para o ano de 1497, em uma vila medieval. Lá, cada integrante assume poderes correspondentes ao papel que recebeu no jogo: o pai vira o Caçador, um dos filhos se torna o Ladrão, a filha assume o papel de Vidente e por aí vai.

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Assim como na mesa, eles precisam descobrir quem, entre os habitantes da vila, é lobisomem – mas agora enfrentam criaturas reais. Para conseguir voltar para casa, devem seguir as regras do jogo: identificar e derrotar os lobisomens.

Candy Land

Por fim, Candy Land: The Great Lollipop Adventure (2005) adapta Candy Land, um dos jogos infantis mais populares dos Estados Unidos. Criado por Eleanor Abbott, foi publicado pela empresa Milton Bradley em 1949. Ele é extremamente simples, voltado para crianças pequenas: os jogadores avançam por um caminho colorido conforme tiram cartas de cores, sem necessidade de estratégia.

No filme animado dirigido por Davis Doi, a simplicidade do tabuleiro é convertida em uma aventura narrativa. A trama acompanha Jib, descrito como um gingerbread boy (“garoto de gengibre”), que se une a Princess Lolly e Mr. Mint para impedir Lord Licorice, decidido a dominar Candy Land e transformá-la em um lugar cinzento e sem cor.

Personagens que no jogo são apenas ilustrações ganham vozes, motivações e conflitos, permitindo que o filme crie uma jornada própria a partir de um material essencialmente lúdico.

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