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História do Rock – os precursores do heavy metal

Black Sabbath, Led Zeppelin, AC/DC...

Por Ivan Finotti
Atualizado em 29 dez 2021, 09h49 - Publicado em 16 ago 2019, 13h15
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(Manchester Daily Express/Getty Images)
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O AC/DC joga um jogo bem diferente daquele de bandas como o soturno Black Sabbath e o megalomaníaco Led Zeppelin. O grupo australiano, liderado pelos irmãos e guitarristas escoceses Malcolm e Angus Young, é uma banda de bar que foi catapultada à fama internacional. Diversão é a palavra de ordem do AC/DC. Como levar a sério um marmanjo – Angus – fantasiado de estudante primário, que toca guitarra como se estivesse tendo convulsões? O som do AC/DC é rock’n’roll raiz com distorção. A temática das letras é digna de Roberto Carlos: vai do elogio às gordinhas (“Whole Lotta Rosie”) ao pavoneio explícito (“TNT”). Mas o estigma do heavy metal tem seu preço: assim que saiu Highway to Hell (“Rodovia para o Inferno”, de 1980), o vocalista Bon Scott morreu de overdose alcoólica. A patrulha associou a tragédia a um pacto da banda com o Diabo. O acrônimo “AC/DC” chegou a ser interpretado como “After Christ/Devil Comes” (“Depois de Cristo vem o Diabo”), quando é só uma brincadeira com corrente alternada e corrente contínua. Bon Scott foi substituído por Brian Johnson, que tocou o barco com competência até 2015 – ano em que Malcolm Scott morreu. (Pete Still/Getty Images)
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Eis uma banda que transita entre o metal pesado e o rock progressivo. Com um sem-número de formações ao longo de cinco décadas, o Deep Purple confunde quem busca enquadrá-lo em um estilo puro-sangue. O grupo começou com um forte acento soul e logo deu uma guinada para a megalomania sinfônica – o álbum Concerto for Group and Orchestra, de 1970, é um exemplar progressivo com pedigree, ideia do tecladista Jon Lord. Imediatamente depois disso, o guitarrista Ritchie Blackmore assumiu o controle do Purple e aprumou o som do quinteto. Os números clássicos da banda consistem em rocks pesados e acelerados com referências de música erudita nos solos de Blackmore e Lord. A fórmula chegou ao auge no disco Machine Head, de 1972, com o clássico dos clássicos “Smoke on The Water”. Com a saída do cantor Ian Gillan e do baixista Roger Glover, o Purple contratou o então novato David Coverdale (futuro Whitesnake) para o microfone. Mas as tensões internas do grupo fizeram com que a formação mudasse o tempo todo. Hoje o Deep Purple tem Gillan de volta ao vocal e, na guitarra, o americano Steve Morse. (Divulgação/Reprodução)
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O Black Sabbath é uma banda feia de uma cidade feia. Ozzy Osbourne (vocal) e sua gangue vieram da classe operária de Birmingham, polo industrial da Inglaterra. Um lugar cinzento e com clima inglês não combinava com a psicodelia de cores berrantes que a Califórnia trouxe para o rock na segunda metade dos anos 1960. O Sabbath transformou em circo o flerte do pop de então com o ocultismo (até os Rolling Stones tiveram sua “Sympathy for the Devil”). Seu primeiro disco, Black Sabbath (1970), tinha uma figura fantasmagórica na capa e sons tão cavernosos quanto pesados. A fórmula funcionou, e a banda assumiu permanentemente a imagem de roqueiros satanistas. As letras falavam de bruxas, demônios, drogas, destruição e guerra. Baixo e bateria faziam a cama para a guitarra de Tony Iommi deitar e rolar com riffs quase simplórios, que grudavam na cabeça. Tudo degringolou na metade dos anos 1970, quando toda a banda – mas principalmente Ozzy – perdeu o controle com os aditivos químicos. O cantor partiu para uma carreira solo de enorme sucesso em 1978 e foi substituído por Ronnie James Dio – o baixinho fez bonito em dois discos de estúdio. Depois da saída de Dio, o Sabbath só patinou, com lançamentos inconstantes e reuniões esporádicas, até a turnê final de 2015 (com Ozzy de volta). (Chris Walter/Getty Images)
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Os americanos do Aerosmith destoam da seriedade dos metaleiros britânicos. O som, apesar do peso, lembra mais Rolling Stones do que Black Sabbath, com uma ginga incomum no gênero. A banda do bocudo Steven Tyler tem duas encarnações distintas. A primeira, nos anos 1970, produziu hits clássicos como “Dream On”, com fama restrita aos Estados Unidos. Na virada para os anos 1980, tanto Tyler quanto o guitarrista Steve Perry estavam na draga da dependência química. Em 1986, o Aerosmith ganhou nova popularidade com a MTV e a parceria com o rap do Run DMC na regravação de “Walk This Way”. O evento marcou o renascimento da banda, que passou a investir em composições melódicas como “Crazy” e “I Don’t Want to Miss a Thing”. (Robert Knight Archive/Divulgação)

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Mais do que o maior nome da primeira geração do metal, o Led Zeppelin entrou para a história como a banda que inaugurou a era dos superlativos no rock. Os músicos foram escolhidos a dedo por Jimmy Page, que já era um experiente instrumentista de estúdio em 1968. E a banda atraiu multidões para shows em estádios. Seus números incluíam intermináveis solos – como a versão ao vivo de “Dazed and Confused”, em que Page ataca a guitarra por vários minutos com um arco de tocar violino. Chamar o Led Zeppelin de heavy metal é desdenhar o largo espectro musical da produção de Page e do vocalista Robert Plant – dupla responsável pela composição de quase todo o material da banda. No primeiro álbum, chamado somente Led Zeppelin (1969), Page ainda estava preso ao acento blues de sua banda anterior, os Yardbirds (o grupo deveria se chamar The New Yardbirds: o nome definitivo surgiu de última hora). Led Zeppelin II, lançado no mesmo ano, já tinha uma pegada mais autoral e emplacou o hit “Whole Lotta Love”. Em Led Zeppelin III, do ano seguinte, Plant e Page começam a flertar com sonoridades folk e com a mitologia celta. O quarto disco da banda, que nem nome tem (é conhecido extraoficialmente por Led Zeppelin IV), saiu em 1971 e elevou o Led ao superestrelato com a faixa “Stairway to Heaven”. Daquele álbum, saíram também os sucessos “Black Dog” e “Rock and Roll”, duas pauleiras que definem o gênero heavy metal. A partir daí, os álbuns passaram a ter nomes normais (ou quase), e o zepelim voou em altitude de cruzeiro – o que significava excessos como um tubarão empalhado que, diz a lenda, participou de uma orgia dos músicos com fãs. Os últimos anos do Led, de 1975 a 1980, foram marcados por eventos trágicos. Robert Plant sofreu um grave acidente de carro e, mais tarde, seu filho de seis anos morreu de uma doença estomacal; o golpe fatal para a banda veio quando o baterista John Bonham se sufocou no próprio vômito após uma esbórnia de vodca com suco de laranja. A dissolução oficial do Led não acabou com a parceria musical entre Page e Plant. Nos anos 1990, a dupla gravou e excursionou pelo mundo. Em 2007, eles se reuniram em Londres ao baixista John Paul Jones e a Jason Bonham (filho de John Bonham), para a última apresentação dos três integrantes vivos. Até agora. (Laurance Ratner/Getty Images)

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