Tragédia grega
Muito antes de se estender diante dos candidatos ao Oscar, o tapete vermelho apareceu pela primeira vez na peça Agamemnon, de Ésquilo, de 458 a.C. na Grécia Antiga. Nela, o rei Agamemnon é recebido com um tapete de bordados vermelhos em sua volta da Guerra de Troia. O rei diz que caminhar sobre tal luxo é um direito apenas dos deuses. Era o nascimento do tratamento VIP.
Pra paparicar você
Algumas empresas mimam seus clientes com o tapete. A primeira delas foi a companhia de trem New York Central, que estendia um carpete vermelho na plataforma que levava às classes altas dos trens. Atualmente, algumas companhias aéreas fazem o mesmo. Isso ajuda a manter os aviões limpos, já que os passageiros passam o pé no tapete antes de entrar — e deixam a sujeira fora.
Que família
Os Vanderbilts eram uma tradicional família americana. Algumas de suas mansões ficavam na 5ª Avenida, de Nova York, e eles gostavam de aproveitar a localização privilegiada para esnobar um pouco. Toda vez que um Vanderbilt chegava em casa, os empregados estendiam um tapete vermelho da porta de entrada até a carruagem ou carro do patrão. O costume só parou em 1942.
O Oscar vai… para quem tem sorte
O tapete vermelho pelo qual entram os famosos para a cerimônia do Oscar tem 152 metros de comprimento e 10 metros de largura. E apenas 700 fãs sortudos podem sentar na arquibancada na lateral dele, para observar a entrada das celebridades. E qualquer um pode ter essa honra: basta se inscrever pela internet e ter a sorte de ser escolhido.
Mimos caros
Hoje, o tapete do Oscar funciona como uma sofisticada propaganda. Desde 1944, quando a atriz Jennifer Jones usou pela primeira vez diamantes emprestados, as roupas e joias das celebridades são cedidas pelas grifes como forma de divulgação. E funciona: em 1997, o colar da Cartier de diamantes usado por Céline Dion, avaliado em US$ 490 mil, foi vendido antes mesmo do fim da cerimônia.
Fontes: Geoff Doughty, membro da Sociedade Histórica da New York Central System; Agamemnon, de Ésquilo (Ebook do projeto Gutenberg, publicado em 2004); Odd Zschiedrich, diretor administrativo da Academia Sueca; Marcelo Pedrozo, coordenador do curso de moda do Senac.