Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Batemos um papo com Rebecca Sugar, criadora de ‘Steven Universe’

A desenhista, compositora e quadrinista conta como foi ser a primeira mulher a ter uma animação própria no Cartoon Network. Além de otras cositas más.

Por Helô D´Angelo
Atualizado em 26 out 2020, 14h18 - Publicado em 30 Maio 2017, 17h58
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Publicidade

    Ela é desenhista, compositora, quadrinista, cantora e, de quebra, a primeira mulher a ter um desenho animado próprio no Cartoon Network. Esta é Rebecca Sugar, criadora de uma das séries mais populares do Cartoon: Steven Universe. O desenho conta a história de Steven, um garoto sensível e gorducho que, por causa de seus poderes mágicos, é criado por três mães extraterrestres, com quem defende a Terra de ataques alienígenas. Em junho, o Cartoon Network lança um álbum digital com a trilha sonora de Steven Universe, composta, em parte, pela própria Rebecca. A SUPER conversou com essa mulher cheia de superpoderes:

    Como você entrou no mundo da animação?
    Meu pai era fã de desenhos animados, então eu e meu irmão, Steven (sim, ele inspirou a série), crescemos assistindo os clássicos, tipo Looney Tunes e Popeye. Eu me sentia inspirada por esse universo, e achava que desenhos eram uma coisa poderosa: eles te fazem acreditar que são reais. Por isso é que as crianças se sentem atraídas por eles – e se você tiver a cabeça aberta, pode aproveitá-los sendo adulto, também.

    Em Steven Universe, você explora temas bem complicados, como homossexualidade e identidade. Por quê?
    Eu e minha equipe queríamos criar o desenho animado que faltava quando nós éramos pequenos. Você sabe, todos nós éramos os nerds esquisitos que não se encaixavam, e não havia ninguém para dizer que estava tudo bem ser diferente. Eu quero ser a pessoa que dá força para as “crianças esquisitas” serem elas mesmas.

    Seus desenhos são famosos por representar vários tipos corporais, muito além do magro e do forte. Por que fazer esse esforço?
    Acho péssimo quando dizem que os personagens de comédia devem ser diferentes dos super heróis, que por sua vez não podem ter nada a ver com os desenhos mais fofinhos. Odeio quando as pessoas dizem que personagens voltados para as meninas devem ser diferentes dos feitos para meninos. Tudo é tão mais fluido que isso. Eu prefiro focar em criar um ótimo desenho animado, com personagens interessantes, e por isso escolhi trazer o máximo de diversidade para Steven Universe.

    Como é ser a primeira criadora de cartuns mulher do Cartoon Network?
    Me sinto orgulhosa. Me deixa muito feliz o fato das meninas poderem ver meu trabalho, se identificar com ele e saber que um dia elas podem chegar lá, porque não é mais um espaço restrito a homens.

    Quais os desafios de ser mulher nessa indústria?
    Eu não queria que ser mulher colocasse a qualidade do meu trabalho em xeque, mas coloca. As pessoas não vêem o trabalho de uma artista mulher da mesma forma que o de um homem. Quando comecei a desenhar, eu não assinava como “Rebecca”, mas como “R. Sugar” – e meus leitores assumiam que eu era homem, o que, infelizmente, tornava as coisas mais fáceis. Mas com Steven, eu não queria ser um pseudônimo de mim mesma, então respirei fundo e passei a assinar como Rebecca. Isso tornou tudo mais difícil, mas essa dificuldade acendeu uma chama em mim que me faz querer ser igual aos meus heróis de infância – embora a maior parte deles seja homem.

     

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.