Sérgio Gwercman
Se Marjane não fosse iraniana, dava para dizer que seus quadrinhos são inspirados no cordel brasileiro. Mas não. Ela tem estilo próprio e esbanja talento (literário e gráfico) ao narrar sua experiência na Revolução de 1979, quando o Irã trocou um xá déspota pelo fundamentalismo religioso. A família comunista de Marjane – então com 9 anos – parece não se enquadrar em nenhum dos cenários. Uma aula sentimental de história. (A série terá mais três volumes.)
Persépolis 1
Marjane Satrapi
Companhia das Letras, 75 páginas, R$ 27