Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Livros Superimportantes

Resenhas de livros interessantes

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h45 - Publicado em 1 nov 1991, 00h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  •  

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Crônica familiar

    Publicidade

    Uma janela para a vida, Jane Goodall, Jorge Zahar Editor, rio de Janeiro, 1991

    Quando chegou ao Parque Nacional de Gombe, na Tanzânia, no inicio da década de 60, a bióloga inglesa Jane Goodal (1934-) pretendia ficar ali por dois ou três anos para estudar o comportamento dos chipanzés. Ela havia sido mandada para lá pelo arqueólogo Louis Leakey (1903-1972), incansável pesquisador das origens humanas. Ele imaginava que a compreensão do comportamento dos nossos parentes mais próximos pudessem indicar um caminho que desvendasse o passado da humanidade. Leakey acreditava que o comportamento do homem e do chipanzé pudessem fornecer indícios sobre como se comportava o homem primitivo. 

    Sem duvida, tratava-se de um estudo pioneiro, pois ate então pouco ou quase nada se sabia sobre esses animais, considerados os mais inteligentes entre os primatas. Justamente por isso, não era fácil observá-los. Assim, Jane foi ficando e depois de trinta anos de convívio diário com os chipanzés publicou em livro os resultados desse estudo, o mais completo de que se tem noticia sobre uma espécie viva. Suas conclusões desconcertaram os cientistas, pois as semelhanças entre os chipanzés e o homem começam na estrutura molecular do DNA – eles se diferenciam em pouco mais de 1 por cento – e vão muito alem. Passam por laços de afetividade s solidariedade entre os membros de uma família, pela luta pelo poder, e ate mesmo por epidemias e doenças que atacaram o grupo. 

    Publicidade

    Ao longo desses trinta anos, Jane e sua equipe enfrentaram toda sorte de dificuldades: doenças tropicais, ataques de animais a ate mesmo seqüestros. Em 1975, por exemplo, quatro estudantes que trabalhavam com ela foram raptados por um grupo de guerrilheiros que freqüentavam as matas da Tanzânia. Isso obrigou-a a se retirar do local ate que os estudantes fossem libertados e as coisas se acalmassem. Nessa época, ela já conquistara a confiança dos animais, a ponto de transitar livremente entre eles, como se fosse integrante do grupo – na região existem três grupos nômades e rivais de chipanzés e Jane concentrou-se em um deles.

    A partir daí, começou a observar o comportamento de cada um de seus integrantes e a entender suas diferentes personalidades. A descrição desses personagens revela tais diferenças. Figan, por exemplo, o líder que dominou por dezessetes anos, cuja trajetória Jane acompanhou desde que ele era recém-nascido, tinha um relacionamento muito especial com seu irmão Faben, paralitico de um braço, vitima de uma epidemia de pólio que atingiu o grupo. Figan defendia o irmão como se compreendesse sua deficiência e até permitia que ele copulasse com suas fêmeas- como líder, tinha direito a uma harém exclusivo, Já Passion, uma fêmea adulta, era agressiva e violenta e costumava devorar os filhotes de outra fêmeas assim que nasciam. Das suas crias, em compensação, cuidava muito bem. Quando as epidemias atacavam o grupo, os órgãos da mãe eram imediatamente atados pelos irmãos ou chimpanzés mais velhos, solidários com os filhotes. Essa e mais uma serie de historias comoventes narradas por Jane ao longo do livro lhe custaram muito tempo e dedicação. Como são nômades, os chimpanzés passam o tempo andando e demarcando seu território e acompanhá-los nas caminhadas e trabalhoso. 

    Publicidade

    Para começar, no inicio, ela teve de andar de quatro pois só o macho dominante tem o direito de andar ereto, como bípede. Pó desconhecer essa regra do grupo, Jane levava muitos tapas. É que os chimpanzés, quando afrontados, partem para a briga. Esse comportamento fica claro, por exemplo, na época do acasalamento, quando procuram uma fêmea que o acompanhe. Se ela se recusar, ou por não estar no Cia ou por não gostar de macho, apanha de verdade. Assim, e de se perguntar que motivos levam uma mulher inteligente, bonita e muito jovem na época em que iniciou a pesquisa a se enfunar durante tanto tempo para estudar o comportamento dos chimpanzés. É claro que cada um tem seus motivos pessoais.
     
    Mas, do ponto de vista pratico, esse tipo de estudo e realmente muito demorado. Alguns, por exemplo, se dariam por felizes com 10% dos dados que ela coletou, mesmo que seu trabalho ficasse incompleto e sem continuidade. Mas, nas palavras da própria Jane Goodall, se pudesse ficar mais trinta anos ainda teria muito a aprender e observar. Na verdade, trata-se de uma questão polemica que se coloca de modo diferente para cada pesquisador. Hoje, com total apoio do governo, não se mexe uma palha nas matas da Tanzânia sem antes consulta-la: desde a demarcação de terras até a reeducação dos animais apreendidos em cativeiro. Ela tornou-se a grande responsável pela preservação dos chimpanzés africanos. Transformou-se numa ambientalista que defende, luta contra a destruição de habitats contra caçadores que vendem a circos e zoológicos.

    Continua após a publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    A viagem tóxica 

    Continua após a publicidade

    Doces venenos, Conversa e Desconversas sobre droga, Lídia Rosemberg Aratangy, Editora Olho d’água, São Paulo, 1991 

    A autora, bióloga e terapeuta familiar, interpretam contos de fadas, apela para fatos do cotidiano, fornece explicações sobre fisiologia no organismo – vale tudo para desvendar o fenômeno das drogas. Numa linguagem abre informal, ela esclarece como cada uma dessas substancia age no cérebro. Assim, fica fácil entender, por exemplo, por que a maconha deprime o sistema nervoso, por que se morrer com uma única dose de cocaína, como os primeiros goles de bebidas alcoólicas dão a ilusão de afastar a timidez ou, ainda, como o LSD provoca alucinações. O texto arranca de vez a magia que envolve as drogas mostrando que seus efeitos são pura biologia.

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Retrato de uma vida
     
    Sir Richard Francis Burton, Edward Rice, Companhia Da Letra, São Paulo, 1991

    Continua após a publicidade

    Explorador, cientista e agente secreto, o capitão inglês Richard Francis Burton (1821-1890) viveu entre os quatros continentes. Entre outras coisas fez peregrinação a Meca e foi um dos primeiros europeus a procurar nas nascentes do Rio Nilo, no coração da África. Responsável pela instrução no Ocidente de uma escandalosa tradução as Mil e uma noites, Burton tornou-se uma das figuras mais singulares do século passado. Susa Fascinante biografia, marcada pela buscava de conhecimentos e aventuras, é retratada por Edward Rice que, para escrevê-la, pesquisou durante dezoito anos.

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Pioneiro renascentista 

    A cultura do Renascimento na Itália, Jacob Burchhardi, Companhia da Letra, São Paulo, 1991. 

    Publicada em 1860, esta é a obra prêmio do suíço Jacob Burckhardt (1818-1897),considerada um dos maiores historiadores de arte do século XIX. Nela, ele reconstrói e descreve o que considerava de arte do século XIX. Nela, ele reconstrói e descreve o que considerava os traços típicos da Itália dos séculos XIX, XV e XVI: a visão estética da vida social e o surgimento das primeiras formas de individualismo. Todos os livros importantes sobre o Renascimento publicados depois daquela data fossem de criticas ou elogios, foram escritos a partir do livro de Burchardt.

    Continua após a publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

     

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.