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Na infância, técnica da seleção brasileira se disfarçou de menino para conseguir jogar

A ex-jogadora sueca (e atual treinadora da seleção feminina brasileira) Pia Sundhage passou dois anos sendo chamada de Pelle (uma homenagem a Pelé) num time só para garotos. Confira.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 31 jul 2023, 20h40 - Publicado em 27 jul 2023, 16h57

A fama da sueca Pia Sundhage, segunda mulher (e primeira estrangeira) a comandar a seleção feminina de futebol do Brasil, não é de hoje. Como jogadora, foi uma das artilheiras da Suécia – e ajudou o time a conquistar o terceiro lugar na Copa de 1991. Como treinadora, conquistou dois ouros olímpicos com os Estados Unidos e uma prata com a equipe sueca. 

Não foi uma jornada fácil, diga-se. Pia nasceu em 1960, época em que o futebol feminino estava longe de ser totalmente aceito (no Brasil, por exemplo, houve uma lei que o proibiu de 1941 a 1979). “Eles diziam que futebol era para homens grandes e fortes, e que mulheres não deveriam jogar”, afirma Sundhage em um documentário da Fifa.

“Quando era criança, eu realmente achava que era a única garota no mundo que gostava de jogar futebol. Eu sonhava em me tornar uma jogadora profissional, mesmo que o futebol feminino ainda não existisse.”

Na escola, enquanto as outras meninas gostavam de brincar de bola com as mãos, a pequena Sundhage preferia usar os pés, como os garotos. Ela se considera sortuda por ter tido pais que a apoiaram em sua escolha, e por um treinador em especial, que secretamente a integrou em um time masculino quando era criança:

“Eu consegui participar de alguns times juvenis para garotos por causa de um treinador, Kent Olof. Ele perguntou: ‘Você quer jogar futebol de verdade, com árbitros, trave e rede?’. Sim, eu quero. ‘Então, vamos enganá-los um pouco. Em vez de Pia, vou te chamar de Pelle’. Então, eu fui chamada de Pelle por dois anos e joguei no time masculino do Marbäcks IF. Fiquei muito feliz.”

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A “homenagem” a Pelé, que havia levado o Brasil ao primeiro título mundial durante a Copa do Mundo na Suécia, em 1958, agradou Pia. O brasileiro era um de seus jogadores favoritos e uma inspiração no esporte.

O primeiro torneio feminino de futebol na Suécia aconteceu em 1973. Dois anos mais tarde, aos 15 anos, Sundhage participou de sua primeira partida oficial pela seleção sueca.

Em 1978, Pia saiu do futebol juvenil e começou a jogar em times profissionais. Passou por equipes suecas e por uma curta temporada no Lazio, da Itália. Ela se aposentou dos gramados em 1996, depois de uma partida contra a Dinamarca nas Olimpíadas de Atlanta. Em 2000, foi considerada a 10a melhor jogadora do século 20 em uma votação da FIFA.

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