O que determina o preço de um quadro?
Na avaliação de um quadro, é comum que surjam discordâncias entre os veredictos dos especialistas (historiadores de arte, principalmente) convidados a opinar sobre a originalidade de uma obra qualquer.
Texto Verena Ferreira
Vários fatores influem no preço final, mas os mais importantes são a qualidade da pintura (entram aqui o talento do artista e sua capacidade técnica), a representatividade da obra em relação à época em que foi produzida (não necessariamente obras antigas são mais valiosas), o estado de conservação (alguns quadros danificados nunca conseguem ser restaurados como antes) e, no caso de artistas famosos, a presença de assinatura com a data na pintura, além do histórico da obra. “Saber que o quadro já passou por museus importantes, por exemplo, é um fator que costuma aumentar seu preço de mercado”, afirma o leiloeiro James Lisboa, especializado em leilões de arte. Claro que esse processo não é uma ciência exata. Na avaliação de um quadro, é comum que surjam discordâncias entre os veredictos dos especialistas (historiadores de arte, principalmente) convidados a opinar sobre a originalidade de uma obra qualquer. Tem também o fator fetiche – o culto a determinados autores leva o preço de um quadro às alturas. Um simples rabisco de Van Gogh ou Rembrandt passa a valer mais apenas pelo fato de ter sido feito por um desses figurões. No caso de quadros que nunca foram a leilão, só existem estimativas não oficiais de preço.