O rei da sucata
Há muitas bizarrices entre o Oiapoque e o Chuí do que desconfia a vã filosofia.
Há mais bizarrices entre o Oiapoque e o Chuí do que desconfia nossa vã filosofia. Veja, por exemplo, o esquisitíssimo museuzinho encravado na pacata cidade de Serra Negra, no interior paulista. O nome do lugar – Disneylândia dos Robôs – combina bem com o ambiente absolutamente nonsense. O responsável pelo lugar é o ex-mecânico gaúcho Pedrinho Tomé, um apaixonado por robôs, que passou a vida construindo engenhocas. Há 15 anos, ele juntou todas as suas “invenções” e construiu o museu. Na casa, trenzinhos andam no teto e robôs com 3 metros e 120 quilos passeiam de bicicleta, jogam bolinhas para o ar e apontam armas para o visitante. É tanta invenção que o ET, um robô azul que mexe braços e pernas, teve que ser desligado. “Não tinha espaço para ele andar”, diz o criador. A casa tem também uma antiga máquina de tecelagem transformada em discoteca, onde robôs de 20 centímetros sacodem o esqueleto de lata.
Para completar, há uma ala reservada para o Egito (com pirâmides e faraós) e outra com armas de 36 países, da Tailândia ao Cazaquistão. No final, fica difícil decidir se se trata de uma criação genial ou de uma deliciosa sandice.