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Pesquisa de comportamento: O público na privada

João Paulo Gomes “Moreno, alto, 70 kg, pernas grossas, peludo e safado procura outros homens da mesma idade para brincadeiras”, diz o convite rabiscado em um banheiro masculino de São Paulo. Você pode achar engraçado, mas, para a pesquisadora Renata Plaza Teixeira, do Instituto de Psicologia Experimental da USP, as pichações em portas de banheiros […]

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Atualizado em 31 out 2016, 18h52 - Publicado em 31 mar 2004, 22h00
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  • João Paulo Gomes

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    “Moreno, alto, 70 kg, pernas grossas, peludo e safado procura outros homens da mesma idade para brincadeiras”, diz o convite rabiscado em um banheiro masculino de São Paulo. Você pode achar engraçado, mas, para a pesquisadora Renata Plaza Teixeira, do Instituto de Psicologia Experimental da USP, as pichações em portas de banheiros públicos revelam um lado escondido da psique humana.

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    Há dez anos estudando o tema, ela acaba de apresentar uma tese de doutorado que traça diferenças e semelhanças culturais entre garranchos de cinco países. “Os grafites são portas para a intimidade e até para a cultura de um país”, diz a pesquisadora. Segundo ela, as pichações podem ser vistas como formas de manifestação do inconsciente, ligadas a fantasias e desejos reprimidos.

    Durante três anos ela tapou o nariz e revirou 212 banheiros públicos em universidades de Nova York, Roma, Madri, Berlim e São Paulo em busca de 5 546 inscrições. Em um trabalho minucioso, Renata classificou as pichações em 24 categorias, como sexo, política, filosofia e desabafo (veja quadro abaixo).

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    No Brasil, a grande surpresa ficou por conta das mulheres. Mais da metade do que elas escrevem gira em torno de sexo, ultrapassando a marca dos homens, que também se interessam por xingamentos e futebol. Se aqui elas só pensam naquilo, as italianas e espanholas são mais românticas. Apesar da fama de calientes, elas gastam sua tinta se abrindo sobre seus relacionamentos.

    Os homens americanos se mostraram os mais egocêntricos. A pesquisa indicou que, em vez de rabiscar piadinhas de mau gosto sobre sexo, eles não tiram os olhos do próprio umbigo nem quando estão sentados na privada. Mais de 40% do que eles picham nos banheiros se resume a assinaturas – uma tentativa de deixar um rastro mais permanente, já que o resto desce com a descarga.

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    E, se você estiver interessado no moreno peludo lá de cima, é só deixar recado na porta de algum banheiro por aí que, quem sabe, ele responde.

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    Pichadores no divã

    Os temas preferido sem cada país, de acordocom o sexo

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