Fabricantes, vendedores e consumidores chamam de perfume qualquer mistura de óleos aromáticos, fragrâncias e fixadores dissolvidos com o objetivo de fazer quem usa cheirar bem. Mas existe uma classificação técnica, obrigatória e visível em toda embalagem, baseada na concentração da essência de perfume (ver quadro abaixo).
Quanto mais essência, mais duradouro e intenso é o aroma do perfume e, consequentemente, mais caro ele fica. Uma embalagem de 10 mililitros de extrato de perfume, o tipo mais concentrado, pode custar até US$ 250. Ou seja, é verdade que os melhores perfumes estão nos menores frascos.
Quando surgiu no Egito há 5 mil anos, o perfume não era usado com intenção de deslumbrar o nariz alheio, mas de facilitar o contato com os deuses em rituais religiosos. (Anúbis, com aquele focinho de chacal, devia ter um olfato bem desenvolvido.) Com o tempo – e o interesse dos fiéis em disfarçar seus odores corporais -, ele passou a ser utilizado como arma de sedução.
Banho de cheiro
A Associação Internacional de Fragrâncias estabelece categorias para os perfumes baseadas na concentração de suas essências
Extrato de Perfume
Essência: 15-40%.
Duração: 24 h.
Dificilmente encontrado no Brasil, até porque perfumes mais concentrados são mais adequados ao clima frio – o suor torna seu aroma intenso demais. Deve ser usado em pequenas doses.
Eau de parfum
Essência: 10-15%.
Duração: 12 h.
Pronuncia-se “ô de parfâm” (literalmente: “água de perfume”). Mesmo com cerca de metade da intensidade do extrato, ainda se recomenda o uso moderado.
Eau de toilette
Essência: 5-10%.
Duração: 8 h.
Pronuncia-se “ô de tualét” e a tradução literal é “água de banheiro”. Suas fragrâncias suaves combinam mais com nosso clima tropical. Por isso, são mais comuns no mercado brasileiro.
Água-de-colônia
Essência: 3-5%.
Duração: 6 h.
São os perfumes mais suaves, por serem menos concentrados. Por isso são também mais baratos. A duração de 6 horas é só para os melhores da categoria.