Celso Miranda
Um romance visual do primeiro ao último quadrinho, Estigmas (Conrad) não servirá a quem procura leitura fácil ou sensacional. Não é esse tipo de HQ. Não há cores. Só palavras. Só os rabiscos agressivos de Mattotti, que parecem querer rasgar as páginas em que Piersanti compõe sua poesia em prosa. No entanto, essa desarmonia parece perfeita para contar a história do homem que descobre, em sua vidinha mundana, uma santidade abjeta. Quase maldita. E da maldição é capaz de enxergar a redenção. Não há atalhos. Você precisará vencer cada página. Ou entregar-se a elas.