No começo do século 19. São Paulo tinha pouco mais de 20 mil habitantes. Ouro Preto, Parati ou Olínda eram maiores que ela. Caipira. De lá para cá, proliferou como cogumelo. Os casarões cresceram no chão batido, os viadutos atropelaram os casarões, os edifícios esconderam os viadutos. Tudo sem lógica, sem plano. A cidade cresceu como quis, por vontade própria, viva, burra… São Paulo é assustadora, é incompreensível. E encantadora. São Paulo é o inferno. E é o melhor lugar do mundo. São Paulo é surreal, como notou logo que chegou, há dois anos, o artista português Pedro de Kastro, um ex-surfista de trem de Lisboa, que viajou o mundo e se apaixonou pela metrópole. Pedro é autor destes desenhos.