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Veja os finalistas do prêmio de fotografia do Observatório de Greenwich

A competição astronômica acontece desde 2009, e só nesse ano recebeu mais de 3,5 mil imagens de fotógrafos profissionais e amadores de todo o mundo.

Por Caio César Pereira
9 jul 2024, 18h00

Na última segunda-feira (dia 7), foram reveladas as fotos dos finalistas do prêmio Fotógrafo de Astronomia de 2024. A competição acontece todos os anos e é organizada pelo Observatório Real de Greenwich, na Inglaterra.

A premiação começou em 2009, eleito o “Ano Internacional da Astronomia” pela ONU. O vencedor, além de receber o título de Fotógrafo de Astronomia do Ano, recebe uma premiação de £10.000. A competição é aberta a todos, e a edição atual recebeu a inscrição de mais de 3,5 mil imagens de fotógrafos profissionais e amadores de todo o mundo.

As fotos (tanto as vencedoras quanto as finalistas), que combinam a beleza da ciência com fenômenos naturais do espaço e da atmosfera, serão exibidas no Museu Marítimo Nacional, espaço dedicado à galeria de fotografia do Observatório Real.

Confira as imagens finalistas.

Uma Noite com as Valquírias – José Miguel Picon Chimelis

Aurora Boreal acima de montanha e lago.
(José Miguel Picon Chimelis/Reprodução)

Tirada em Hvalnesviti, na Islândia, a imagem mostra a montanha Eystrahorn, com as luzes da tempestade KP7, uma tempestade geomagnética que pode causar auroras no céu e perturbar os sistemas de energia elétrica na Terra.

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Uma baleia navegando no sol – Eduardo Schaberger Poupeau

Superfície solar.
(Eduardo Schaberger Poupeau/Reprodução)

Utilizando vários truques, como a gravação de dois vídeos de 850 quadros cada (um para o disco e outro para os destaques), e a utilização de softwares, como o Autostakkert!, ImPPG e o Photoshop, o fotógrafo conseguiu compor com duas imagens esse retrato da superfície do sol, com uma porção do plasma com uma forma similar a de uma baleia.

Casa Abandonada – Stefan Liebermann

Casa abandonada no meio do deserto da Namíbia e, logo acima dela, a Via Láctea.
(Stefan Liebermann/Reprodução)

Essa foto foi tirada em uma casa abandonada no meio do deserto da Namíbia, com a Via Láctea visível logo acima. Para a foto, o fotógrafo colocou algumas luzes na casa.

Observações à noite – Jakob Sahner

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Telescópio Isaac Newton na borda da instalação do telescópio em La Palma.
(Jakob Sahner/Reprodução)

Esse é o Telescópio Isaac Newton, na extremidade das instalações do telescópio em La Palma, nas Ilhas Canárias, na Espanha. Acima está o braço de Cygnus, uma região no centro da Via Láctea conhecida pela formação de estrelas.

Show de galáxias da Terra e da Via Láctea – Yoshiki Abe

Via Láctea acima de montanha.
(Yoshiki Abe/Reprodução)

O Monte Aso, localizado na província de Kumamoto, é o nome coletivo dos cinco picos frequentemente chamados de Cinco Montanhas de Aso. Esta fotografia é composta com o primeiro plano e o céu fotografados separadamente, com a Via Láctea acima, e uma cratera vulcânica ativa do pico Nakadake abaixo.

SNR G156.2+5.7, um fraco remanescente de supernova em Auriga – Bray Falls

Remanescente de supernova (SNR) na constelação Auriga, que está situado atrás das nuvens escuras do complexo molecular Taurus-Auriga, que estão muito perto do Sistema Solar.
(Cataratas Bray/Reprodução)

Com um fachos de luzes vermelhas, o SNR G156.2+5.7 é um tênue remanescente de uma supernova na constelação de Auriga. Ele está situado atrás das nuvens escuras do complexo molecular Touro-Auriga, próximas ao nosso Sistema Solar.

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Dragão Ártico – Carina Letelier Baeza

Aurora boreal, que parece um grande dragão sobre as pirâmides de pedra.
(Carina Letelier Baeza/Reprodução)

Esta foto foi tirada no Arctic Henge, em Raufarhöfn, uma das aldeias mais remotas ao norte da Islândia, onde o Círculo Polar Ártico fica próximo à costa. Uma tempestade geomagnética nível G2 gerou as luzes da aurora boreal em formato de dragão acima do portal.

O Devorador de Galáxias – ShaRA (Shared Remote Astrophotography)

Complexo de nebulosidade e poeira com um formato muito peculiar, localizado na constelação sul de Puppis.
(Grupo ShaRa: Marcella Botti (Itália), Vikas Chander (Índia), Massimo Di Fusco (Itália), Aygen Erkaslan (Suíça), Marco Firenzuoli (Itália), Vincenzo Fiore (Itália), Vincenzo Fermo (Itália), Antonio Grizzuti (Itália), Andrea Lorio (Itália), Vittorio Liberti (Itália), Rolando Ligustri (Itália), Donato Lioce (França), Antonio Loro (Itália), Giampaolo Michieletto (Itália), Gianluigi Pazienza (Itália), Christian Privitera (Itália), Alessandro Ravagnin (Itália), Francesco Tiano (Itália), Cristiano Trabuio (Itália), Egidio Vergani (Itália)/Reprodução)

O CG4 (Cometary Globule 4) é um complexo de nebulosidade e poeira, localizado na constelação austral de Puppis. O complexo forma uma imagem similar a um dos vermes gigantes do planeta desértico Arrakis, em Duna, com a “cabeça” do verme galáctico atingindo dimensões de cerca de 1,5 anos-luz.

Serpentina – Paul Haworth

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Praia possui vastos bancos de lama de maré que atraem pássaros migratórios em números impressionantes.
(Paul Haworth/Reprodução)

A foto ds aros de luz em contraste com a vala sinuosa e rachada do canal abaixo foi tirada na Praia de Snettisham, em Norfolk, no Reino Unido. A região é famosa por suas vastas planícies de maré que atraem aves migratórias em números impressionantes.

Os detalhes azuis do M45: As Plêiades – Sándor Biliczki

Detalhes Azuis da nebulosa M45.
(Sándor Biliczki/Reprodução)

Também conhecido como “Sete Irmãs” ou M45, As Plêiades são um aglomerado aberto de estrelas localizado na constelação de Touro. Elas ficam a aproximadamente 444 anos-luz de distância da Terra, e o seu padrão de estrelas e luzes azuladas podem ser observadas a olho nu.

Montanhas Nebulosas – Bence Toth

Visão mais próxima da IC 5070, a Nebulosa do Pelicano.
(Bence Toth/Reprodução)

Esta imagem mostra um olhar de perto da IC 5070, conhecida como a Nebulosa Pelicano. De acordo com o autor, o nome veio por conta das estruturas finas de poeira e gás que lembram a névoa em montanhas atingidas pelo sol nascente. 

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M100 (a galáxia de Blowdryer) e Ceres – Damon Mitchell Scotting

Um planeta anão , mais de um bilhão de vezes menor que sua contraparte galáctica, transitando além dos braços espirais da galáxia.
(Damon Mitchell Scotting/Reprodução)

A foto da galáxia em espiral de Blowdryer (ou galáxia do Secador), foi tirada junto com o planeta anão Ceres, mais à direita na imagem. Para capturar esta imagem, o autor utilizou várias exposições longas ao longo de um período de oito horas, para capturar a beleza da galáxia Blowdryer e Ceres.

Corra para Carina – Vikas Chander

Fotografia em longa exposição de homem de pedra correndo
(Vikas Chander/Reprodução)

A escultura de pedra do homem correndo faz parte de um conjunto que contem outras estátuas, conhecidas como “Homens Solitários de Kaokoland”. Essa região fica no deserto ao noroeste da Namíbia, e dela é possível ver o céu limpo à noite, como o braço Carina da Via Láctea na foto.

Trânsito diurno da Lua na Estação Espacial Internacional – Kelvin Hennessy

Trânsito lunar diurno da Estação Espacial Internacional
(Kelvin Hennessy/Reprodução)

Esta imagem foi tirada em Gold Coast, Queensland, na Austrália, e mostra a passagem da Estação Espacial Internacional (ISS), com a Lua minguante ao fundo, que estava 51% iluminada. 

Eclipse Solar Total – Gwenaël Blanck

Eclipse Solar Total.
(Gwenaël Blanck/Reprodução)

Através de várias colagens da passagem da Lua sob o Sol, o autor simulou uma imagem de uma espécie de flor de luz com os raios solares. A imagem do eclipse solar total foi tirada em Exmouth, Austrália Ocidental, na Austrália.

M81, uma galáxia espiral de grande design – Holden Aimar

M81, uma galáxia espiral de grande design.
(Holden Aimar/Reprodução)

Também conhecida como Galáxia de Bode, a M81 está a aproximadamente 11,75 milhões de anos-luz de distância da Terra, na constelação de Ursa Maior. Essa galáxia em espiral é uma das mais brilhantes no céu noturno.

Gigantesca Proeminência Solar em Movimento – Miguel Claro

Gigantesca proeminência solar em movimento.
(Miguel Claro/Reprodução)

Esta é uma imagem estática de uma sequência de time-lapse que apresenta a atividade da cromosfera solar, com uma proeminência de erupções de plasma em movimento. Esta proeminência é tão grande que sua largura é maior que a largura dos anéis de Saturno.

Dementadores Marcianos – Leonardo Di Maggio

Dementadores Marcianos;
(Leonardo Di Maggio/Reprodução)

Ao recortar uma imagem tirada das missões Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), o autor aumentou a clareza da imagem e mudou a perspectiva da paisagem marciana. Essas alterações geraram as sombras e os sulcos vistos na imagem, simulando criaturas como os dementadores da série Harry Potter.

Saturno com Seis Luas – Andy Casely

Saturno com seis luas.
(Andy Casely/Reprodução)

Saturno é o planeta no sistema solar com a maior quantidade de satélites, com 146 luas no total. A foto mostra a inclinação dos anéis, fazendo com que a grande lua laranja Titã se aproxime mais do planeta. No centro da imagem, está Tétis, enquanto Reia, Encélado e Mimas estão à esquerda, com Dione na parte inferior direita.

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